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domingo, 14 de dezembro de 2014

III Domingo do Advento: Domingo Gaudete


  A liturgia do III Domingo do Advento garante-nos que Deus tem um projeto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”. Um Domingo da alegria, porque Deus já está mais próximo de nós. Na primeira leitura, um profeta pós-exílico apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres”. As coisas estão difíceis, porém podemos seguir adiante, Deus não nos abandonou, parece dizer o profeta. Ainda que haja dificuldades, o regresso do Senhor revestiu o povo com roupas de salvação, concedeu-lhe o dom da terra e assim como esta faz germinar frutos, quem faz germinar a justiça e o louvor é o Senhor.

  O Salmo recolhe a oração de Maria quando visita Isabel, que a tradição chama Magnificat. A oração está baseada no cântico de Ana, encontrado em 1Sm 2,1-10. Está centrado em dois grandes temas, por uma parte os pobres e humildes são socorridos em detrimento dos poderosos e, por outra, o fato de que Israel e objeto do favor de Deus desde a professa feita a Abraão (Gn 15,1; 17,1). Maria canta a grandeza de Deus salvador que se fixou nos humildes, especialmente na pequenez de Maria e nos mostra que a lógica de Deus nem sempre coincide com a lógica dos poderosos. Precisamente fez uma promessa com um povo pequeno cumprindo a promessa a Abraão, fixou-se na humildade e na pequenez de Maria, derrubou do trono os poderosos e enalteceu os humildes. A lógica de Deus passa pelo reconhecimento dos pequenos como sujeitos preferenciais de sua ação. Nisto consiste ser crente. Esta é a palavra profética que a tradição coloca na boca de Maria.

  O Evangelho apresenta-nos João Batista, a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. O objetivo de João não é centrar sobre si próprio o foco da atenção pública; ele está apenas interessado em levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens. É claro que a figura de João, o Batista, tem grande importância para as primeiras gerações cristãs. Além de identificá-lo com o profeta Elias, muitos dos seguidores de João pertenciam às primeiras comunidades cristãs. Por outro lado, foi crítico ante o poder dominante dos romanos e de Herodes, o que o levou à morte. Foi um homem que soube entregar-se à sua missão e que soube ver no futuro que se avizinhava, os tempos esperados.

  Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalônica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.


Fonte: Portal Sagrados Corações

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