Santo Estêvão, protomártir
da fé Cristã, é um dos mais reverenciados de todos os mártires. Estefan é um
nome obviamente grego e tem sido postulado que ele era um helenista,
significando os judeus que nasceram em uma terra distante de Palestina e que
falavam grego como sua língua nativa. Contra esta teoria, temos a tradição que
começou no século V que Santo Estêvão era um nome equivalente do Aramaico
"Kelil", talvez o nome original de Santo Estêvão, o qual foi escrito
na sua tumba encontrada em 415. Que Santo Estêvão teria origem judaica ficou
mais patente ainda na lista dos decanos nos "Atos dos Apóstolos" (6,5)
onde lista apenas Nicolau como sendo da Antioquia, o que significaria que os
demais diáconos seriam judeus.
Virtualmente nada se conhece de sua vida
antes de ser convertido. A primeira menção a ele de fato ocorre nos Atos (6,5)
quando ele é escolhido para ser um dos sete diáconos dos Apóstolos e tem a
missão de trabalhar com os pobres. Santo Estêvão foca a sua atenção nos
convertidos helenistas e dá uma prova de grande pregador, com o dom de
descrever o poder da graça e o poder de fazer milagres.
Seu martírio foi contado nos Atos (6-7) e
ocorreu porque ele acabou tendo uma posição proeminente como pregador e trouxe
a inimizade de um grupo de judeus em Jerusalém. Levado a presença de Sanhedrin
ele defendeu-se com paixão e eloquência (At 7,2-53) mas não fez nada para
suavizar a ira dos seu inimigos. Foi arrastado para fora da cidade e apedrejado
até a morte de acordo com a Lei Mosaica. Os seu executores colocaram suas
mantas sob a guarda de Saulo de Tarso (futuro São Paulo) que estaria
"consentindo na sua morte (8-2)". As últimas palavras de Santo
Estêvão terão sido: "Senhor não lhes imputeis este pecado".
Pedindo ainda perdão para seus atacantes, ele
foi enterrado como um homem devoto e sua morte teria sido muito lamentada. O
seu túmulo foi esquecido até ser descoberta por Lucian tendo uma Igreja sido construída
em sua honra perto de Damasco, pela imperatriz Eudoxia (455-460). Santo Estêvão
é modelo de serviço à Igreja através da pregação do Evangelho e da prática
cristã do perdão aos perseguidores. Também o santo diácono, com São Lourenço, é
patrono dos diáconos permanentes e transitórios.
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