No
primeiro domingo após o da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina
Misericórdia, instituída pelo saudoso papa, Beato João Paulo II, seguindo o
pedido que Jesus insistentemente fez a Santa Faustina Kowalska, polonesa, cujo
processo de beatificação foi conduzido pelo mesmo Papa. Por que neste domingo é
celebrada a Festa da Divina Misericórdia?
É neste domingo que a Igreja celebra a Instituição
da Sagrada Confissão (= Penitência), que Jesus instituiu no mesmo dia de sua
Ressurreição. Aparecendo aos Apóstolos reunidos no Cenáculo – no domingo da
Ressurreição – Jesus disse: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem
perdoardes os pecados, os pecados lhes serão perdoados; aqueles a quem não
perdoardes os pecados, os pecados não serão perdoados” (Jo 20,22).
No Plano da salvação, o Pai enviou o Filho
para o perdão dos pecados; e o Filho enviou a Igreja. Ele quis que o perdão dos
pecados fosse dado não de maneira vaga e abstrata, mas de maneira concreta,
pelos ministros da Igreja, os sacerdotes do Senhor. Por isso, o sacerdote ao
perdoar nossos pecados diz: “Pelo ministério da Igreja… eu te absolvo de todos
os teus pecados”. Que consolo! Que alegria, saber que o Sangue precioso do
Senhor derramado na Paixão lava a nossa alma de todos os pecados. Não há
misericórdia maior; não há amor mais profundo; não há certeza mais firme de
perdão.
Quem não se confessa com o sacerdote do Deus
Altíssimo deixa de lado a graça, o perdão e a paz; ofende o coração de Jesus
que foi até o extremo da Cruz para nos garantir esse perdão, a reconciliação
com Deus e a vida nova. Desprezar o sacramento da Confissão é desprezar o Sangue,
o sofrimento, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus. São João Paulo II,
seguindo o que diz o Catecismo da Igreja, de que a Penitência é um sacramento
de cura, disse: “Os consultórios de psiquiatras e psicólogos estão cheios
porque os confessionários estão vazios”.
Jesus veio “para tirar o pecado do mundo” (Jo
1, 29); Ele é o Cordeiro de Deus imolado para nos arrancar das garras do
demônio e nos levar para liberdade dos filhos de Deus. E isso Ele faz nos
libertando do pecado e da morte eterna. São Paulo disse que “o salário do
pecado é a morte” (Rom 6,23). Não há libertação maior do que do pecado que nos
escraviza sob o jugo da morte. Neste domingo Jesus nos dá a grande graça do
perdão pelo ministério da Igreja e dos seus sacerdotes. Corramos a fonte da
graça e da salvação, com o coração bem disposto. Pobre e infeliz daquele que
despreza tão grande dom!
Jesus ensinou a Santa Faustina o Terço da
Misericórdia e pediu que o espalhasse pelo mundo; graças a Deus se espalhou; é
uma fonte de graça e de misericórdia, especialmente para os moribundos.
Prof.
Felipe Aquino
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