Quase
todas as notícias nacionais têm que ver com a situação econômica ou política do
país. Também quando não se fala da Copa do mundo, fala-se da violência das ruas
e dos morros. Os políticos e outras autoridades têm discutido à vista da
população coisas gerais, coisas da onda, mas ninguém discute coisas “de base”,
problemas de valor, de ética, parecem ter confundido “bem material” com “verdadeiro
bem estar”; a própria sociedade parece um mercado, onde tudo se compra e
vende, inclusive as pessoas. Tanto o governo federal quanto os outros
preocupam-se com um bem estar raso, aquele dos shows, dos bolsa-família, dos
piscinões, dos shoppings... Se o povo pode comprar, se pode ficar numa falsa
felicidade, se pode se embriagar e fazer sexo, ótimo! O povo estará bem e
feliz... Será mesmo?
É verdade que não se governa um país, nem uma
casa, sem ter em atenção esses índices econômicos e sociais, que são indispensáveis
para o bom governo seja doméstico, seja em nível nacional. Poder comprar o
necessário, ter o mínimo de cultura, participar de eventos desportivos, claro
que tudo isso é importante. Mas, e a família? E os valores de verdade e de respeito
entre as pessoas? E as identidades dos indivíduos e das instituições às quais
eles pertencem? Nada disso tem recebido a devida atenção. Uma família sã é mais
do que uma despensa farta, como o bem comum, a que deve tender o exercício do
poder político. Se investissem na família, não gastariam milhões nas prisões
subumanas, não gastariam milhões em programas de educação ou de reinserção
social, não gastariam tanto numa saúde sucateada...
O Brasil corre sérios riscos de um colapso,
tanto econômico quanto social: os bandidos estão cada vez mais piores; a
diferença entre pobres e ricos continua acentuada; a moral é plenamente
inexistente neste país; as ideologias de gênero perversamente estão sendo
aprovadas; a religião mais e mais é pressionada a ficar em guetos – sem poder
se manifestar publicamente e, num país que se gaba de ser democrático, qualquer
um que venha dizer a verdade é prontamente desmoralizado ou amordaçado... “Que
país é esse?”, perguntava Renato Russo. É a pergunta daqueles que ainda têm
consciência! Que país é esse em que estamos vivendo e que afunda pouco a pouco
num lamaçal de falta de pudor, falta de justiça, falta de vergonha? Não por causa
da delicada situação econômica e financeira que atravessa, com a inflação cada
vez mais aumentando e Dilma e Companhia Ltda dizendo que está tudo bem, que o
país cresce e se desenvolve, mas por falta de vozes da própria população que
deveria expor os verdadeiros problemas, que o Brasil não passa hoje de um
farsante: diz que é, mas não é; diz que está, mas não está.
A taxa de natalidade do nosso país diminui
cada vez mais, muito inferior ao mínimo necessário para garantir a reposição
das gerações e a sustentabilidade dos serviços de saúde, aposentadoria e de
segurança social. Contudo, o Estado subsidia generosamente os métodos
contraceptivos, a “interrupção voluntária da gravidez” (ABORTO) em alguns casos
e avançando para outros e aposta, suicidamente, numa política anti-natalista e contrária
à família. No Brasil prevalece, em termos práticos, a cultura da morte: apóia-se
mais o aborto do que a vida, prefere-se a contracepção à natalidade, o sexo “gostoso”
sem a instituição do casamento... Parece que o lema do Brasil outrora católico
e religioso e agora agnóstico, ateu e socialista é: “viva sua vida enquanto há
tempo, coma e beba o que puder, tenha prazer sem limites – se puder como pagar –
e dê as costas a tudo e a todos que cruzarem sua frente dizendo o contrário”.
Assim sendo, não se estranha que as crianças
estão cada vez mais erotizadas, os adolescentes rebeldes, os jovens sem
limites, a bandidagem crescente, os casamentos em crise, os idosos abandonados,
as maternidades fechadas, as escolas impossíveis de se ensinar, os crimes
bárbaros sempre nas manchetes, os desvios de verbas públicas constantes... Mais
tarde, as universidades ficarão desertas ou serão um antro de comunistas,
guerrilheiros e usuários de entorpecentes e, por fim, o país todo entrará num
colapso total. A questão já não é prever a evolução da economia nacional nos próximos
anos, nem os índices de analfabetismo ou de violência urbana, mas saber se, por
este andar, o Brasil não será, em breve, terra de ninguém, terra sem lei, terra
dos que apenas conseguem sobreviver num “país tropical maravilhoso” que adora
carnaval e futebol...
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