O
homem não é como uma moeda, com duas faces, mas como semelhança de Deus, que em
Cristo, no Batismo assume duas naturezas: humana e divina. A natureza humana
sem Deus fica confinada a um valor limitado, que serve apenas para aquela
“quantia” que o mundo a olha: se é bonita, vale muito, se é normal, vale pouco;
se é pequenina, dependente, ou muito velha, não vale nada; se é esperta,
depende... mas se é inteligente e justa, não se consegue dar valor.
Por outro lado a natureza humana unida à
natureza divina, toma uma forma como que 3D; é possível observar por muitos
ângulos e perspectivas e encontrar sempre uma beleza única. Um homem que
vive a sua vida respirando Deus, torna-se grande, livre, bom e cheio de
“saúde”. Não interessa o que o mundo lhe quer oferecer para ficar com ele, como
o ser fotografado (a troco de torturas físicas, como dietas, ginásios em
excesso), ou ofuscado pelas luzes da ribalta, ou ainda pago por ser aquilo que
não foi obra sua.
É a vida interior que temos que descobrir,
que nos completa, nos dá liberdade. Esta é a vida que está em cada um de nós e
que só nós vamos descobrir, para trazer à luz e partilhar com o mundo que anda
no escuro. Se olharmos à nossa volta, parece que andamos sempre de noite!
Parece! Parece! Porque na realidade é na Luz que fomos criados para viver. É na
Luz que conseguimos saber para onde vamos, que Alguém nos espera, que Alguém
caminha ao nosso lado. É na Luz que os outros nos vão realmente conhecer e
amar.
Este é o caminho que devemos percorrer neste
últimos dias da Quaresma. São o “sprint” final para chegarmos à Páscoa, com
vontade de entrar e reconhecer que afinal essa Luz é Cristo! Que já morreu uma
vez por todas, para nos dar a Vida e a Vida em abundância. Ver o que
verdadeiramente interessa!
Sofia
Guedes
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