I. MINISTÉRIO DA
RECONCILIAÇÃO NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
l. Manifestou o Pai a sua
misericórdia reconciliando o mundo consigo em Cristo, que livrou os homens do
pecado. O convite à penitência preparou o coração dos homens para o advento do
Reino de Deus. Jesus, acolhendo os pecadores, reconciliou-os com o Pai. Depois
da sua ressurreição enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos, para perdoarem
ou reterem os pecados, e pregarem o perdão a todas as nações. A Igreja sempre convidou
os homens a manifestarem a vitória de Cristo sobre o pecado pela celebração da
penitência.
2. Esta vitória refulge
primeiro no batismo, pelo qual o velho homem é crucificado com Cristo. A Igreja
professa "um só batismo para a remissão dos pecados". Na Missa a
paixão de Cristo se faz presente. Ele se oferece como "vítima de nossa
reconciliação". Jesus Cristo concedeu o poder de perdoar os pecados aos
Apóstolos e a seus sucessores, instituindo o sacramento da penitência, para que
os fiéis se reconciliem com Deus.
II. A RECONCILIAÇÃO DOS
PENITENTES NA VIDA DA IGREJA
3. Os membros da Igreja muitas
vezes caem em pecado. Por isso, a Igreja "busca sem cessar a penitência e
a renovação". A Igreja santa e sempre necessitada de purificação.
4. O povo de Deus realiza penitência
participando da paixão de Cristo pelos seus sofrimentos, pelas obras de
caridade. A Igreja o celebra em sua liturgia; os fiéis se reconhecem pecadores
e imploram o perdão de Deus e dos irmãos. A penitência na vida e na liturgia da
Igreja. No sacramento da penitência, os fiéis "obtêm da misericórdia
divina o perdão da ofensa feita a Deus, e são reconciliados com a Igreja".
5. A penitência "busca
que amemos intensamente a Deus". O pecador regressa ao Pai, ao Cristo, e
ao Espírito Santo. Reconciliação com Deus e com a Igreja. Mas "o pecado de
um homem prejudica aos outros, como a santidade de um traz benefícios aos
outros". A penitência exige sempre a reconciliação com os irmãos.
6. O discípulo que se
aproxima da penitência deve voltar-se para Deus de todo o coração. Esta
conversão, que compreende a contrição e o propósito de uma vida nova, se
expressa pela confissão feita à Igreja. Vejamos as partes do sacramento da
penitência:
a) Contrição
Entre os atos do penitente
ocupa o primeiro lugar a contrição, "a dor da alma e a detestação do
pecado, com o propósito de não mais pecar". Desta contrição depende a
autenticidade da penitência.
b) Confissão
Da penitência faz parte a
confissão das culpas. Esta exige a vontade de abrir o coração ao ministro de
Deus; e deste, um julgamento espiritual pelo qual, em nome de Cristo, pronuncia
a sentença da remissão ou retenção dos pecados.
c) Satisfação
A conversão se completa pela
satisfação das culpas, pela mudança de vida e reparação do dano, adaptadas a cada
penitente.
d) Absolvição
Ao pecador Deus concede o
perdão mediante o sinal da absolvição, pois quer dar-nos a salvação e renovar a
aliança rompida por meio de sinais visíveis. Pelo sacramento da penitência,
o Pai acolhe o filho que regressa; Cristo coloca sobre os ombros a ovelha
perdida; e o Espírito Santo santifica de novo seu templo. Isso se manifesta na
participação jubilosa na mesa do Senhor.
Necessidade e utilidade
deste sacramento:
7. Os que pelo pecado grave
se apartaram da comunhão com Deus são reconduzidos pela penitência à vida. Os
que caem em pecados veniais adquirem forças para alcançar a plena liberdade dos
filhos de Deus.
a) O fiel deve confessar ao
sacerdote todos e cada um dos pecados graves de que se recorda depois de
examinar sua consciência.
b) Este sacramento é muito
útil contra os pecados veniais. Pois é um esforço assíduo para aperfeiçoar a
graça do batismo. Para que este sacramento produza
seus efeitos, deve impelir ao serviço a Deus e aos irmãos. Pela sua celebração a
Igreja proclama sua fé, dá graças a Deus e se oferece como sacrifício
espiritual, à espera de Cristo.
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