Antônio Maria Claret nasceu
em 1807, em Allent, província de Barcelona e diocese de Vich. Filho de um
modesto tecelão, aos 22 anos ingressou no seminário de Vich, confundido nas
aulas de latim com os pequenos de 10 a 12 anos. Trazia no coração a luz do ideal
eterno que tinha haurido naquela frase do Evangelho que abriu também horizontes
infinitos de luz e entusiasmo a São Francisco Xavier: “que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?”.
Aos 28, foi ordenado sacerdote, dedicando-se
de corpo e alma ao serviço ministerial na cidade natal. O seu ideal,
entretanto, ultrapassava os limites de sua paróquia. Desejava um apostolado
mais amplo. Pensou, então, em se colocar à disposição da Propaganda Fidei. Não
era o que sonhava para si. Procurou, pois, ingressar na Companhia de Jesus, o
que também não deu certo. Retornou à terra natal como vigário. Logo depois
abandonou tudo para se tornar missionário apostólico. Percorreu todas as
povoações da Catalunha e das Ilhas Canárias.
Procurou concretizar o seu grande sonho
apostólico: fundar uma congregação que se dedicasse ao apostolado das missões,
e à evangelização dos povos. Com alguns companheiros sacerdotes, fundou a
Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria, popularmente
conhecidos como Padres Claretianos. Mais tarde fundou também o Instituto das
Irmãs de Ensino de Maria Imaculada. Em 1850 foi nomeado bispo de Santiago de
Cuba, onde desenvolveu um apostolado frutuoso. Em 1857 retornou à Espanha, onde
exerceu várias responsabilidades eclesiásticas, zelando pela instrução, pelas
artes, pelas ciências, fundando bibliotecas.
Foi também fecundo escritor, deixando cerca
de oitenta obras. Pio XI considerava-o o "precursor da Ação Católica"
dos tempos modernos. Com Isabel II esteve também em Lisboa, em Dezembro de
1866. Depois de pregar em várias igrejas da capital, foi agraciado por Dom Luís
com a Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Morreu em Fontfroide, França, em 1870. Foi beatificado em 1934 por Pio XI e
canonizado por Pio XII em 1950.
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