Santo Inácio de Antioquia,
conforme historiadores, viveu por volta do segundo século. Coração ardente (o
nome Inácio deriva de ignis = fogo ), ele é lembrado sobretudo pelas expressões
de intenso amor a Cristo. A cidade da Síria, Antioquia, terceira em ordem de
grandeza do vasto império romano, teve como primeiro bispo o apóstolo Pedro, ao
qual sucederam Evódio e em seguida Inácio, o Teófolo, o que traz Deus, como ele
mesmo gostava de ser chamado. Pesquisadores indicam que Inácio de Antioquia
conheceu pessoalmente os apóstolos Pedro e Paulo.
Por volta do ano 110, foi preso vítima da
perseguição de Trajano. Nessa viagem de Antioquia a Roma para onde ia como
prisioneiro, o santo bispo escreveu sete cartas, dirigidas a várias Igrejas e a
São Policarpo. Tais cartas constituem preciosos documentos sobre a Igreja
primitiva, seus fundamentos teológicos, sua constituição hierárquica... Trazido
acorrentado para Roma, onde terminou os seus dias na arena, devorado pelas
feras selvagens, tornou-se objeto de afetuosas atenções da parte das várias
comunidades cristãs nas cidades por onde passou. A ânsia de alcançar Deus, de
encontrar Cristo, expressa com intensidade que faz lembrar São Paulo.
As suas palavras inflamadas de amor a Cristo
e à Igreja ficaram na lembrança de todas as gerações futuras. "Deixem-me
ser a comida das feras, pelas quais me será dado saborear Deus. Eu sou o trigo
de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro
de Cristo."
"Onde está o Bispo, aí está a comunidade,
assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica", foi escrito
na carta endereçada ao então jovem bispo de Esmirna, São Policarpo. Os cristãos
de Antioquia veneravam, desde a antiquidade, o seu sepulcro nas portas da
cidade e já no século IV celebravam a sua memória a 17 de outubro, dia adotado
agora também pelo novo calendário.
Fonte: Evangelho cotidiano
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