Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

As roupas falam. Acredite!


  O período do verão sempre traz um incômodo para as diversas comunidades católicas espalhadas pelo Brasil afora. É que neste tempo de sol forte e calor quase insuportável, os fiéis tendem a diminuir seu vestuário para a ida à Igreja. Esta “diminuição” não é eufemismo; acontece mesmo uma simplificação das peças de roupas e uma diminuição de seus tamanhos. E todos acabam num impasse: a Igreja deve proibir a entrada de roupas não condizentes com o sagrado? Os fiéis podem entrar na Igreja com a roupa que mais se sentem confortáveis?

  A roupa historicamente é, e sempre será, um meio de comunicarmos o que somos: nossas ideias, nossos interesses, nossos valores e de nos adaptarmos ao ambiente em que estamos, expressando nossos sentimentos e a nossa personalidade. Diz-nos a Bíblia: “A roupa de um homem, o seu modo de sorrir e o seu modo de andar revelam aquilo que ele é” (Eclo 19,27) e também diz: “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço, glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6, 19-20). Assim, nosso corpo manifesta a dignidade de “filhos de Deus” - homens e mulheres novos, feitos à imagem de Cristo. A roupa não apenas cobre o corpo, o protege e o enfeita, mas expressa o estado espiritual de cada um e a ordem com que vive sua vida.


  É clichê por aí se dizer que “Deus olha o interior e não o exterior”. Mas “peraí”: Essa verdade é sobre a hipocrisia, isto é, demonstrar uma coisa por fora e ser outra por dentro, ser uma pessoa falsa, mascarada. Não se trata da roupa. A roupa exprime dignidade humana, respeito, inserção social; não foi à toa que uma das primeiras coisas que o pai da “parábola do filho pródigo” mandou trazer ao filho que voltava fosse uma “melhor roupa” (Cf. Lc 15,22). Para entrar na Casa do pai, recebeu uma roupa própria; para permanecer na casa do pai, recebeu uma roupa digna; para entrar no banquete da casa do pai, teve que se vestir de modo adequado... E nós? Nossas roupas exprimem respeito? Exprimem dignidade? Exprimem que somos templos de Deus? Exprimem amor, zelo, piedade pelo lugar em que estamos? Nossas roupas estão adequadas para estar diante do Rei Jesus?

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