Virgem
e mártir do século III, segundo a tradição vinha de uma família nobre e rica e
a medida que crescia se tornava uma linda donzela de sedutora beleza. Seus
cabelos vermelhos e longos acendia os desejos dos jovens romanos. Mas ela,
havia prometido castidade perpétua e sofreu várias tentativas de violações, sempre
orando a Jesus para protegê-la. Assim, o primeiro homem que a quis violar foi
cegado por um raio de luz. Santa Inês o perdoou e ele pode ver de novo.
Foi então denunciada como sendo cristã. Prenderam-na
e a torturam para que ela oferecesse sacrifícios aos desuses romanos e como ela
recusasse, levaram-na para um Bordel, mas o homem que tentou violentá-la foi
morto por um raio de luz (este Bordel ainda existe com uma inscrição do Papa
Dâmaso I, assim é provável que esta história seja verdadeira). O Bordel era
debaixo do Arco do Estádio de Domitila onde é hoje a Praça Navona. O Arco forma
a Cripta da Igreja de Santa Agnes em Agone.
Diz a tradição que foi acesa uma fogueira
para ela ser queimada e quando colocada na pira ela orou e o fogo
milagrosamente se extinguiu. Colocada para ser desmembrada por cavalos, os seus
punhos eram muito pequeninos e não havia grilhões de ferros para ela. Tentaram
amarrá-la com correntes mas as correntes escorregaram em seu corpo, e as que
ficavam, simplesmente arrebentavam. Finalmente foi decapitada com a espada. Por
causa da influência de sua família seu corpo não foi atirado no rio (como era
costume) e foi enterrado no cemitério da família e hoje forma a catacumba dela
e é ao lado da igreja dedicada à santa, na Via Nomentana.
Vários milagres foram reportados em sua tumba
e creditados à sua intercessão e sua fama se espalhou rapidamente. Quando o
Imperador Constantino quis ter sua filha batizada, ele o fez perto do local da
igreja de Santa Agnese Fuori le Mura que foi erigida por ele sobre sua tumba.
Em 382 o Papa Dâmaso I, que foi o primeiro a chamar Roma de "Sé
Apostólica", restaurou a igreja de Santa Agnes. Durante o reinado do Papa
Paulo V as relíquias de Santa Agnes foram encontradas no santuário da igreja.
Agnes
significa em grego “casta”, e em latim “ovelha”. Talvez por isto na arte
litúrgica da Igreja ela é representada sempre segurando uma ovelha. Na sua
festa, uma ou duas ovelhas são abençoadas na sua igreja em Roma e de sua lã se
faz alguns "palliuns" (duas tiras de lã branca) a qual o Papa confere
aos Arcebispos como símbolo de sua jurisdição. Segundo a tradição a Santa Inês
ajuda a encontrar um noivo para um feliz casamento. É padroeira da pureza e da
castidade e é invocada na proteção da castidade.
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