Milhares
de pessoas acompanharam a procissão de São Sebastião na tarde desta
segunda-feira, 20, dia do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro. Saindo às 16h
da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, Zona Norte do Rio, em direção à Catedral
Metropolitana, no Centro, o cortejo recebeu fiéis vestidos de vermelho e
branco, que prestaram homenagens e celebraram a fé no santo padroeiro. O
trajeto de aproximadamente quatro quilômetros foi realizado debaixo de sol de 30º
C e ao som de cânticos.
O Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta,
aproveitou o dia de São Sebastião para falar sobre dois possíveis santos que
viveram em solo carioca, Zélia e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães. Na
missa celebrada pela manhã na Igreja dos Capuchinhos, o recém-nomeado cardeal
mencionou o processo de beatificação do casal, o segundo caso em andamento
dentro da Comissão para a Causa dos Santos da Arquidiocese do Rio.
O primeiro candidato a santo sob análise foi
a menina Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha, que morreu em 1939, aos nove
anos, vítima de meningite. Muito religiosa, a criança passou a ser cultuada por
um número crescente de católicos até ser lembrada pela comissão da
Arquidiocese. Se o processo (ainda em andamento) for bem-sucedido, ela pode se
tornar a primeira santa nascida no Rio.
Zélia Pedreira Abreu Magalhães e Jerônimo de
Castro Abreu Magalhães se casaram em 27 de julho de 1876, na Barra da Tijuca,
zona oeste da cidade. Ela nasceu em Niterói, em 1857; ele, em Magé, município
da região metropolitana do Rio, no ano de 1851. Assim como Odetinha, o
casal ficou conhecido por sua dedicação à religião. Zélia e Jerônimo tiveram 13
filhos, quatro deles morreram, e todos os demais ingressaram na vida religiosa.
A própria Zélia também entrou para a Congregação do Sacratíssimo Coração, após
a morte do marido em 1909. Zélia faleceu dez anos depois. (CM-Folha de SP)
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