Guardar a Fé
A fonte
primeira e insubstituível do verdadeiro Espírito cristão, no qual a Igreja
comunica em abundância os tesouros do “depositum fidei”, da verdade Cristo,
está na Sagrada Escritura, vinda há séculos pela Sagrada Tradição e
interpretada dignamente pelo Sagrado Magistério.
As medidas
apresentadas hoje ao catolicismo, nem sempre bebem desta fonte. É patente a
inserção de influências pagãs e protestantes muitas vezes no seio da Igreja, o
que resulta numa total descaracterização daquilo que Cristo fundou e quis. Se
de um lado a Igreja perde seu referencial e se esquece de sua tradição, de
outro acaba flertando com o mundo e trazendo elementos estranhos à sua
identidade. Constrói-se uma nova igreja, a “igreja do tudo pode”.
Dadas estas
graves realidades, a única atitude de fidelidade à Igreja e a doutrina
católica, para nossa salvação, é uma negativa categórica a aceitar tais
“modernidades”.
Um
perigo para a Fé
Como já
dissemos, o novo conceito de “igreja do tudo pode”, centrado numa ideia de
evangelização “agregadora” de “ritos” secundários, de práticas estranhas à
piedade, de ações pouco eficazes para a conversão é um verdadeiro perigo para a
fé católica.
A nova compreensão
de uma evangelização assim propõe, em contrapartida, uma nova concepção da
eficácia evangelizadora: não são os conteúdos da fé a coisa mais importante, mas
a forma como são apresentados. Tal apresentação, entretanto, se choca com os
conteúdos ou os apresentam de maneira esparsa ou parca.
Como
renovar a Fé?
A fé só pode
ser renovada se professada. Não se pode ter a “fé católica” se não se professa
o catolicismo. Este ato livre da vontade tem um caráter assertivo, isto é,
devemos nos convencer das verdades da fé e não ter medo de lutar por elas e
propagá-las.
A fé pura,
porém, deve ser buscada a todo momento. Esta fé, que se deve renovar todos os
dias, não pode ser fragmentada, mas inteira, plena. A diversidade de carismas e
dons na Igreja não pode ser uma desculpa para práticas diversas contrárias à
fé, à piedade e à liturgia e que são tão queridas ao povo de Deus e seguidas há
séculos.
A catequese da
fé implica, primeiramente, a compreensão da economia da salvação. À sua luz,
revela-se a novidade do Evangelho. Quem não se põe a conhecer sua fé, a estudar
sua fé, não poderá renová-la de forma satisfatória. Hoje vivemos muito do “ouvi
dizer”, “li no jornal”, “mandaram pra mim numa rede social”, mas difícil ver
certos católicos buscando a fundo conhecer e amar a sua fé; não conhecem a
Bíblia, não conhecem os Documentos da Igreja, não leem a Vida dos Santos, não
meditam sobre suas vidas, não participam de verdadeiros retiros... Como renovar
uma fé assim? O máximo que farão, será renovar sua superficialidade, sua
religião “light”, seu
texto fora do contexto.
O
inimigo de nossa Fé
Parece
inacreditável que o homem moderno seja capaz de fazer pactos com o demônio, mas
ele o faz. Talvez não de maneira pública, talvez não de maneira “oficial”,
participando de ritos satânicos ou esotéricos. Mas o homem moderno começou a se
acostumar a permitir influências do mal em sua vida, em sua família, em sua
Igreja.
Basta olharmos
o noticiário, lermos o jornal, acessarmos a rede e veremos crimes bárbaros,
profanações, guerras, indecência, pornografia, falta de reverência ao sagrado.
O satanismo é altamente difundido pela música, pelo cinema, pela televisão e
pela internet.
Infelizmente,
os mais atacados por esta “onda do mal”, são as crianças, os adolescentes e os
jovens. De maneira sorrateira, disfarçada de “cultura pop” e ingênua, nossa
juventude tem mastigado nas escolas, nas redes sociais, nos encontros por aí um
terrível coquetel. O neo-satanismo está em romances vampirescos, no movimento
Wicca, nas obras de alguns autores “cool”, em rocks pesados, em danças sensuais
de culto ao corpo, em palavras de ordem contra o sagrado, na agenda de promoção
ao aborto, ao sexo livre e a outras práticas contrárias à moral cristã.
Que rejeitemos
toda influência do mal à nossa fé. Que combatamos o bom combate! Que sejamos fieis
a Deus e à sua Igreja e não deixemos que a tradição da nossa fé seja perdida
diante do modernismo.
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