São
José de Anchieta nasceu em São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife,
Canárias. Convivera com estudantes jesuítas, em Coimbra e, em 1551, ingressou
na Companhia de Jesus.
Em 1553, fez sua profissão perpétua. No mesmo
ano, partiu para o Brasil. Estabeleceu-se no Colégio de São Paulo, no
planalto de Piratininga, contribuindo para a fundação daquela que se tornaria a
grande metrópole de São Paulo. Isto ocorreu no dia 25 de Janeiro de 1554. A sua
atividade apostólica foi intensa: professor de latim, catequista, dramaturgo,
escritor, poeta, gramático, estudioso da fauna e da flora, adiantou-se no
conhecimento de medicina, da música e de outras ciências e artes.
Esteve sempre ao lado dos índios, defendendo
os seus interesses e mediando a paz entre as tribos. Em 1565, participou da
expedição de Estácio de Sá contra os franceses que invadiram o Rio de Janeiro.
Viajou pela Bahia e em Salvador, finalmente, foi ordenado sacerdote. Retornando
ao Rio de Janeiro, fundou a Santa Casa de Misericórdia, o primeiro e único
hospital por muito tempo no Brasil. Foi eleito Superior dos Jesuítas de São
Vicente e de São Paulo. Mais tarde, dirigiu a Província da Companhia de Jesus
no Brasil (1577-1587).
Embora escrito em latim, legou-nos o
"Poema à Virgem", o primeiro texto literário produzido em terras
brasileiras. Morreu no dia 9 de Junho de 1597. O Presidente da Academia de
Ciências de Portugal, Dr. Júlio Dantas, descreveu-o como "o mais
franciscano dos jesuítas, o mais artista dos filantropos... um milagre de
poesia, de bondade e de amor". Foi canonizado pelo Papa Francisco por
decreto de 3 de abril de 2014, com Santa Missa de Ação de Graças três semanas
depois, na “Igreja de Jesus”, em Roma.
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