Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

Páginas

terça-feira, 22 de julho de 2014

Hoje é Dia de Santa Maria Madalena


  Hoje celebramos a memória de Santa Maria Madalena, chamada a “Apóstola da Ressurreição”. Natural de Mágdala, na Galileia, Maria Madalena foi contemporânea de Jesus Cristo, tendo vivido no Século I. O testemunho de Maria Madalena é encontrado nos quatro Evangelhos: “Os doze estavam com ele, e também mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças. Maria, dita de Mágdala, da qual haviam saído sete demônios...” (Lc 8,1-2). Sua figura é simbólica no Reino implantado por Jesus: a cura e a vida nova são dádivas aos filhos de Deus oferecida pelo Messias que vai ao encontro de cada um e de cada necessidade.

  Após ter sido curada por Jesus, Maria Madalena coloca-se à serviço do Reino de Deus, fazendo um caminho de discipulado, de seguimento a Nosso Senhor no amor e no serviço. E este amor maduro de Maria Madalena levou-a até ao momento mais difícil da vida e da missão de Nosso Senhor, permanecendo ao lado d'Ele: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena” (Jo 19,25). Alguns autores cristãos tendem a identificar Maria Madalena com a Maria, irmã de Lázaro e Marta; outros, porém, divergem e veem nela a mulher adúltera perdoada por Cristo e erroneamente tida por “prostituta” de profissão.

  Maria Madalena foi a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus: “Então, Jesus falou: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabûni!' (que quer dizer: Mestre)” (Jo 20,16). A partir deste encontro com o Ressuscitado, Maria Madalena, discípula fiel, viveu uma vida de testemunho e de luta pela santidade. Foi logo anunciar aos Apóstolos o que havia acontecido, mostrando sua disponibilidade para o Evangelho e sua obediência à Cristo e submissão ao Primado de Pedro.

  Existe uma tradição não comprovada de que Maria Madalena, juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, foi evangelizar em Éfeso, onde depois veio a falecer nesta cidade. Outra história, um pouco mais lendária, que desde muito corre no Ocidente, diz que ela viajou para Provença, França, com seus irmãos Marta e Lázaro e com mais outros discípulos para evangelizar Gaul. Neste local ela passou 30 anos de sua vida na caverna de La Saint-Baume, nos Alpes Marítimos. Foi milagrosamente transportada, pouco antes de sua morte, para a Capela de Saint-Maximin, onde recebeu os últimos sacramentos da Santa Igreja. Ela foi enterrada em Aix. Em Vazelay, na França, todos afirmam que suas relíquias ali estão desde o século XI.

  No Ocidente, o culto à Santa Maria Madalena propagou-se a partir do Século XII. Na arte litúrgica da Igreja ela é representada com longos cabelos, segurando uma jarra própria para guardar óleos perfumados, ou com uma caveira e uma cruz ou ainda na presença de Jesus ressuscitado. Quando rezamos a Ladainha de Todos os Santos encontramos o nome de Santa Maria Madalena como a primeira das invocações das Santas Virgens. Isso não causa espanto a quem sabe que a Deus nada é impossível. É a beleza da contrição e do perdão. Aquele que é capaz de “transformar as pedras brutas em Filhos de Abraão”, pode perfeitamente devolver a integridade a uma pecadora. E isso, sobretudo se ela arrependeu-se muito, se admirou muito, se amou muito. Como foi o caso dela. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.