Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

Páginas

terça-feira, 15 de julho de 2014

Hoje é Dia de São Boaventura


  Nasceu como Giovanni de Fidanza e a lenda diz que São Francisco de Assis o curou milagrosamente de uma doença perigosa na juventude e exclamou: “Ó buena ventura” e assim seu nome mudou para Boaventura. Um contemporâneo de São Thomas de Aquino e de Santo Alberto o grande, Boaventura foi para a Universidade de Paris com apenas 14 anos de idade. Lá estudou teologia sob o grande professor franciscano Alexandre Hales e talvez tenha sido influenciado a entrar a Ordem dos Franciscanos com 20 anos.

  Lá pelos anos 1248 formou-se Bacharel em Teologia, e Bacharel em Escrituras. Dois anos mais tarde ele tornou-se Mestre em Teologia e foi indicado Catedrático dos Frades Menores. Ele ensinou teologia e escrituras, e pregou em Paris de 1248 a 1255, concentrado na elucidação de alguns problemas que exercitava as mentes dos estudiosos da época. Seus ensinamentos eram cercados de oposição por alguns professores seculares, que ficavam ciumentos do sucesso do novo frade e ainda mais incomodado pela vida austera que ele levava. Aparentemente o desprezo que eles tinham pelos franciscanos, levou a universidade a demorar emitir o diploma de Doutorado em Teologia, mas isto não deixou Boaventura nem abalado e nem  chateado porque ele tinha uma mente elevada. Com Tomas de Aquino ele defendeu os frades contra os seus oponentes.

Em 1257, quando tinha apenas 36 anos, Boaventura foi eleito Ministro Geral dos Franciscanos. Nesta posição ele se defrontou com uma tarefa difícil, porque ele pensava que São Francisco de Assis havia estabelecido um ideal incomparável para a Ordem, mas a sua organização era fraca e desde a sua morte, um grande número de diferentes grupos haviam surgido. No seu quartel general em Narbone, em 1260 São Boaventura desenvolveu um jogo de regras que se tornou a Constituição da Ordem, por isto é que ele é chamado de “o segundo fundador dos franciscanos”.

  Em aditamento aos seus trabalhos de teologia e filosofia Boaventura deixou tratado de ascéticos, alguns dos quais foram traduzidos para o inglês por ele próprio, inclusive a “Jornada das almas para Deus”. Entre os seus trabalhos estão: “Comentários das sentenças de São Pedro” (que cobre um amplo campo da teologia escolástica) Os trabalhos místicos de “Breviloquium”, o “Itinerarium mentis ad Deum” , “De reductione artium theologium” , a “Perfeição da Vida” (escrito para a Beata Isabel, irmã de São Luís IX e seu Convento das Clarissas Pobres) “Soliloquy”, vários comentários bíblicos de sermões. Escreveu ainda sobre a Virgem Maria: “Se o meu Redentor , por causa de meus pecados, me mandasse para longe de si, lançar-me-ia aos pés de Maria, e, aí prostrado, não me levantaria sem que ela me tivesse alcançado o perdão”. 


   Embora São Boaventura e Santo Tomás de Aquino fossem amigos por uma vida, os dois homens se opunham em certas questões como o neo-aristotelismo, que estava sendo introduzido na teologia por Aquino. São Boaventura temia que como resultado, a filosofia fosse elevada acima da teologia e que a razão ficasse mais importante que a revelação. Dizia São Boaventura “um pobre e velho homem pode amar a Deus mais que um Doutor em Teologia”. Mas a síntese que Santo Tomás de Aquino fez da teologia não teve o efeito desastroso temido por São Boaventura e Santo Tomás se alinhou com os grandes pensadores da Igreja, como Santo Agostinho e enfatizou a supremacia da graça e seguiu os passos do fundador da Ordem. São Boaventura foi canonizado em 1482 e declarado Doutor da Igreja em 1588.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.