Uma
tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, e avós de
Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conhecemos os nomes dos pais da
Bem-Aventurada Virgem através de um texto não canônico, o Protoevangelho de
Tiago. Eles são citados na página que precede o anúncio do Anjo a Maria. Esta
sua filha não podia deixar de irradiar aquela graça totalmente especial da sua
pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desígnio da maternidade
divina.
Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e
Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim
dirigiu-se então para o deserto, e ali passou, 40 dias em jejum e oração. Ao
terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho. De fato,
nasceu-lhes uma filha, à qual deram o nome de Maria.
A devoção de Santa Ana ou Sant'Ana remonta ao
século VI, no Oriente. No Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é
mais recente. Ouvimos as palavras do Salmo 131, sobre a fidelidade de Deus à
sua promessa: "O Senhor jurou a David: verdade da qual nunca se afastará
"o fruto do teu ventre hei-de colocar sobre o teu trono!"[...].
Realmente, o Senhor escolheu Sião, desejou-a para sua morada: "Este será
para sempre o lugar do meu repouso, aqui habitarei, porque o escolhi" (vv.
11.13).
Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo
daqueles judeus piedosos que esperavam a consolação de Israel, e precisamente a
eles foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos por
Deus, para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar o Filho de
Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.