Tiago,
também conhecido como “o Maior”, era filho de Zebedeu e de Salomé, parentes de
Nossa Senhora. Tiago também era irmão do evangelista São João e os dois, primos
de Jesus. Seu pai estava presente quando os dois irmãos, dentro de um barco no
lago de Genesaré, receberam o pedido de Jesus para O acompanharem: “Eles,
abandonaram o barco e seu pai e seguiram-nO,” demonstrando vontade decidida e
índole forte. Talvez por isso, receberam de Jesus o apelido de “filhos do
trovão”.
Como os outros discípulos, Tiago foi
perseguido pelas autoridades judaicas e preso. No seu cárcere, sofreu todo tipo
de tortura e flagelo. Mesmo assim, sentia muito orgulho de estar sendo
torturado por amor a Jesus. Foi o primeiro dos discípulos a morrer por Cristo
e, dando testemunho do Senhor, converteu a muitos ao Evangelho. Nas listas dos
Apóstolos, São Tiago está sempre entre os primeiros, ora logo após Pedro, ora
depois de seu irmão João. Jesus contou sempre com ele quando tomava um rumo
mais reservado.
Segundo uma antiga tradição, o apóstolo Tiago
teria sido o primeiro evangelizador da Espanha e as suas relíquias teriam sido
levadas para Compostela, uma das metas mais procuradas pelos peregrinos na
Europa durante séculos. Em sua ida para essas terras, teria recebido também a
aparição de Nossa Senhora sobre uma coluna (Nossa Senhora do Pilar). Neste
mesmo lugar, na atual cidade de Saragoça, na Espanha, ergueu-se uma grande
Basílica em honra a Maria.
O Santo Padre, o Papa emérito Bento XVI,
assim se expressou sobre o grande Apóstolo: […] Era um dos três mais próximos
do Senhor e participou tanto na Transfiguração no Monte Tabor com a sua beleza,
na qual sobressaía o esplendor da divindade do Senhor como na angústia, na
ansiedade do Senhor no Monte das Oliveiras, e assim viu também que o Filho de
Deus, para carregar o peso do mundo, experimentou todo o nosso sofrimento e é
solidário conosco. Sabeis que as relíquias de São Tiago se veneram no célebre
santuário de Compostela, na Galiza, meta de numerosas peregrinações de todas as
partes da Europa. A 11 de Julho passado celebrou-se São Bento, outro grande
Padroeiro do “velho continente”, e como sabeis, meu padroeiro desde quando fui
eleito para o ministério de Pedro. Olhando para estes Santos, torna-se
espontâneo deter-se a refletir, precisamente neste momento histórico com todos
os seus problemas, sobre a contribuição que o cristianismo deu e continua a
oferecer à construção da Europa (excerto do Angelus do dia 24 de Julho de 2005
em Le Combres)
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