No fim dos tempos o Senhor Jesus há de voltar, dessa vez como juiz dos
vivos e dos mortos. Ele, que veio a primeira vez como Palavra encarnada que os
homens quiseram sufocar, virá para rematar a história e manifestar-se como
Senhor absoluto, nesse momento que é chamado parusia.
Seguir-se-á o Juízo universal, que, como o primeiro (particular), não
será uma avaliação do bem e do mal praticados por cada um, mas a manifestação da trama da história para que
todos os homens vejam o desígnio salvífico de Deus exercido através dos
percalços da história, e para que se manifestam as interdependências que
relacionam os homens entre si, tanto para o bem como para o mal. Cremos que
muita coisa boa e bela é realizada às ocultas e se torna altamente benéfica sem
que os homens o saibam; ora isto deverá ser revelado, como também ser patenteado
o mal desencadeado por tal ou tal indivíduo, tal ou tal facção, tal ou tal
instituição. A verdade deverá ser restaurada onde tenha ficado obscura, pois
ela é um bem impreterível.
A Escritura fala de céus novos e terra nova[2]
sem que possamos definir o que isto significa. Parece que se pode dizer que,
quando o homem for livre do pecado e da morte, o mundo inferior que lhe foi
solidário na queda[3]
será restaurado na harmonia original: todavia não podemos dizer em que
consistirá tal restauração.
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