Ontem, na Basílica de São
João de Latrão – Catedral de Roma (e não São Pedro, como muitos pensam) Sua
Santidade, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa de tomada de posse como “Bispo
de Roma”, na qual pediu que a humanidade responda à “proposta de Deus” e não às
“propostas do mundo”. “Para Deus, não somos números; somos importantes, antes,
somos o que Ele tem de mais importante; apesar de pecadores, somos aquilo que
Lhe está mais a peito”, disse Francisco, na homilia da celebração, após ter
sido saudado por várias centenas de pessoas à entrada da Basílica completamente
lotada.
A chamada “incatedratio” de Francisco na
‘cátedra romana’ sublinha a ligação do Papa à Diocese de Roma, de que é bispo,
e o poder de ensinamento da sua figura. Mas nunca se deve esquecer de que, além
de Bispo de Roma, é Bispo de todo o mundo. Causou um pouco de estranheza nesses
tempos o Papa Francisco se declarar em seus discursos mais como Bispo de Roma
do que como Papa. O Papa não é nem nunca será apenas “mais um Bispo” no meio
dos outros ou simplesmente “o primeiro entre iguais”. O primado de Pedro é de
chefia e de precedência. Outra estranheza aconteceu durante a Celebração, quando o Papa envergou a férula anterior à de Bento XVI, aquela mesma de Paulo VI e usada pelos seus sucessores. Não sabemos se foi uma homenagem a João Paulo II (naquele dia inaugurou-se uma Praça em sua honra) ou se realmente Francisco vai romper, mais uma vez, com o "estilo Bento XVI"...
Sua pregação, claro, centrou-se no tema da
misericórdia divina e do “estilo de Deus”, que se distingue das pessoas que
querem “tudo e imediatamente”. “Deus é paciente conosco, porque nos ama e quem
ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe
perdoar. Recordemo-lo na nossa vida de cristãos: Deus sempre espera por nós,
mesmo quando nos afastamos”, acrescentou.
A celebração começou junto à porta da Basílica,
seguindo para a cadeira de presidência, a Cátedra, da qual o Papa tomou posse
depois de uma saudação do Cardeal Vigário para a Diocese da capital italiana,
D. Agostino Vallini. Uma representação da Diocese de Roma prestou
posteriormente a sua obediência ao Papa Francisco: o próprio cardeal, membros
do clero, religiosos e religiosas, uma família (pai, mãe e quatro filhos) e
dois outros leigos.
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