Com esta celebração,
iniciamos com toda a Igreja a Semana Santa, tempo de reflexão e oração bem
perto do Coração de Jesus. Ao recordarmos os últimos Passos de Jesus, também
lembramo-nos do modo como devemos viver como cristãos.
Esta Liturgia exprime em duas cerimônias o
mistério da Cruz de Cristo e sua entrega, por amor, a nós. A primeira,
impregnada de alegria exultação e outra, cheia de dor e pesar; se por um lado
pelo Cristo Senhor fomos resgatados e salvos, por outro, nosso Deus amado, para
nos redimir, foi cruelmente abandonado e ferido no lenho da Cruz.
Essa primeira parte, da bênção e da procissão
de Ramos, evoca a alegria do cristão em ter a Jesus por seu Senhor e guia; a
segunda parte, da missa com o Relato da Paixão, nos indica de que modo nosso
Salvador demonstrou de maneira máxima seu amor pelos homens.
O Evangelho de Lucas que acabamos de escutar
nos apresenta Jesus em sua subida para Jerusalém, uma verdadeira peregrinação
de fé. Ele sobe à Jerusalém para fazer a grande oferta da sua vida: Ele mesmo.
O sacrifício da cruz é o modelo de toda a oferta humana: dar tudo, sem guardar
nada.
Lucas inicia seu relato nos dizendo que Jesus
“caminhava à frente dos discípulos”. Não podia ser diferente e nem o é hoje.
Cristo sempre vai à frente de nós, para nos mostrar que caminho devemos seguir
e para nos defender dos perigos da estrada.
Outra expressão lucana interessante é a
resposta de Jesus àqueles que queriam que os discípulos se calassem, ao louvar
o Senhor: “Se eles se calarem, as pedras gritarão”. Devemos louvar o Senhor,
exaltá-lo com nossa vida, proclamá-lo dia a dia, testemunhá-lo sempre. Não
podemos nos envergonhar de nossa fé, não podemos deixar de tomar parte na
verdade de Cristo.
Jesus entra na cidade não em uma bela e
altiva montaria, mas num pobre jumento, um animalzinho popular. Como que para
dizer: venho como Rei servidor, venho de maneira simples para os simples, venho
humilde para os de coração humilde.
Hoje, ao entrar na Jerusalém histórica,
simbolicamente o Senhor também deseja entrar no coração de cada um de nós. Que
abramos as “portas para o Rei entrar!” (Sl 23), que esta Semana Maior, a Semana
Santa, seja para nós fonte de bênção e graça. Que gritemos “hosanas” ao Rei e
Senhor, ao amado Jesus que passa na nossa vida. Amém!
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