Estamos na Quaresma, é tempo
de reflexão e mudança de vida. Temos neste tempo as graças derramadas pela
Igreja em abundância sobre aqueles que se abrem a Deus na oração, na penitência
e na prática da caridade.
Assim vemos na liturgia deste fim de semana o
Senhor mostrando seu amor e sua benevolência em favor de seu povo. Ele se
revela a Moisés manifestando seu nome. O povo hebreu já estava, durante 600
anos,caminhando sob a inspiração de Abraão que recebera de Deus a revelação e a
promessa que seu povo seria a raça escolhida para Deus se manifestar, mas Deus não
havia revelado quem ele era. Agora, em Moisés, Deus se dá a conhecer deforma
íntima revelando o seu nome.
Mas também, Deus revela como um Deus amoroso:
“Sim, conheço os seus sofrimentos”. E envia Moisés para libertar o povo da
escravidão. A partir deste acontecimento Deus se coloca ao lado de seu povo e
cuida deles deforma particular mesmo em suas infidelidades.
Neste sentido Paulo mostra que Deus é
amor,mas também quer ver uma correspondência por parte de seu povo. Todo relacionamento
deve haver uma sintonia das partes e isso é o que mais “fere” o coração de Deus
quando a pessoa ignora o seu Senhor ou fica murmurando diante do altíssimo.
Deus é misericórdia, mas é justiça igualmente, certo que nos trata com seu amor
misericordioso e sempre vem em nosso socorro, sempre busca dar um tempo, propor
algo novo, espera com paciência até que nós voltemos atrás e aceitemos seu amor
em nossas vidas.
É o que o Evangelho nos mostra. Jesus está
indignado com a forma de raciocínio de seu povo que coloca Deus como justiceiro
que mata os que deles se afasta e diz que aqueles que morreram nos acidentes
não eram mais pecadores que os outros e no tocante a parábola nos mostra que
devemos dar bons frutos em nossa vida, pois foi para isso que fomos criado.
Deus nos criou para o amor e espera isso de nós como uma consequência natural
da pessoa humana e quando isso não acontece para nada mais serve. Foi ocaso da
figueira que diante da ordem de cortá-la aparece um intercessor que apela ao
senhor para que dê mais um tempo em que iria dedicar-se mais sobre aquela
arvore buscando bons resultados com seus frutos. Este é o papel de Jesus que
intercede ao Pai por nós e sempre está solicitando um tempo a mais para nossa
recuperação na graça.
Neste tempo de graça nos coloquemos deforma
humilde diante do Senhor e clamemos sua misericórdia aderindo mais na oração,
penitência e caridade. Somente assim experimentaremos a alegria da Páscoa. Do
contrário esta seria somente uma festa litúrgica proposta pela Igreja. “Senhor
converta-me para vós e serei salvo”.
Portal Com Deus
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