A
Rádio Vaticana anunciou e publicou hoje, com ênfase, sobre a morte de Nelson
Mandela, exaltando seus valores de liberdade, perdão sobre seus opressores e
liderança pela paz no mundo. No entanto, a instituição se esqueceu de que foi no
governo do “Nobel da Paz” que o aborto foi amplamente aprovado em seu país.
Mandela aprovou um terrível sistema que possibilitava o aborto por várias
razões, inclusive até longas semanas depois da gestação.
Segundo o “Guttmacher Institute”, a “Lei da escolha
do interrompimento da gravidez” (é assim que eles chamam o aborto!) é uma das
leis de aborto mais liberais do mundo”. Ela permite, inclusive, que o
aborto seja pedido até a 20ª semana, após ela e até ao nascimento por
"razões médicas sérias". E, com as alterações introduzidas em 2004,
permite que até as enfermeiras e parteiras registradas para realizar abortos
possam fazê-los bem antes da 12ª semana. É bem contraditório que Mandela possa ter lutado pelos direitos dos negros, mas que tenha descurado da luta pelos inocentes nascituros... Morreu o homem dos
direitos humanos, mas não de todos os seres humanos. Mandela de um lado lutou
pela vida e de outro, permitiu a morte de inocentes.
Vê-se que o Sr. Mandela, ex presidente da África
do Sul, tão exaltado pelo texto da Rádio Vaticana como “símbolo da
reconciliação e da paz”, também vai deixar em seu histórico político e social o
exemplo de “homem que permitiu o derramamento de sangue dos inocentes”. Creio
que o texto do site poderia ter sido menos ufanista e mais realista. Se se quer
exaltar alguns feitos de um homem que já morreu, temos que ter a discrição de
não colocá-lo como um “santo”, lembrando que pode ter pecado nesta terra e até
gravemente; nem suas virtudes devem esconder seus erros, nem seus erros devem
ofuscar suas boas realizações. Rezemos pela alma de Mandela, principalmente
pedindo a Deus o perdão de suas faltas.
Texto
da Rádio Vaticana: http://www.news.va/pt/news/faleceu-nelson-mandela-simbolo-da-reconciliacao-e
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