Queridos amigos do "Barrete Preto", estamos às portas do Natal de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo e é tempo de meditar sobre o seu significado mais profundo e sua vivência. O Tempo do Natal, unido ao Tempo da Páscoa, nos insere no Mistério da Salvação: o Verbo veio a nós em nossa natureza (Encarnação) e nos salvou com sua morte corporal (Redenção). Pelo Natal, o Filho de Deus já inicia nossa redenção, pois pelo seu nascimento já nos comunica graças particulares.
Por nossa causa e por nossa salvação, o Filho de Deus assumiu a nossa carne e tornou-se verdadeiro Homem, sem contudo deixar de ser Deus. Não hesitou em tomar a condição de Servo, de sofredor - desde o berço, quando não encontrou um lugar apropriado para nascer, nem tantos corações abertos para O receber; Deus nos atraiu em Jesus Cristo, chamou os homens para junto de Si, a fim de auxiliá-los em suas necessidades, mas sobretudo, salvá-los do pecado e das marcas que este mal traz ao gênero humano.
O Natal não é a "festa das compras", não é "momento de extravasar", não é nem apenas "uma reunião familiar"... Nada disso! O Natal é a Festa do Amor de Deus! É a celebração da misericórdia de Deus que, despojando-se de sua glória, veio nos visitar e permanecer conosco em Jesus Cristo. E por isso nos encontramos, damos presentes, nos alegramos, para comemorar esta ação maravilhosa do amor de Deus que nunca abandona sua criatura.
"Deus factus est homo ut homo fíeret Deus", dizia Santo Agostinho: "Deus se fez Homem para que o homem se tronasse Deus". O Natal quer apresentar a figura do Menino Deus como a realização plena de toda a profecia, de toda a expectativa, de todos os anseios humanos. Em Jesus nossa alegria está plena; n'Ele nós ganhamos a vida! O Mistério glorioso deste tempo deve fazer-nos meditar sobre o profundo significado da nossa própria vida. Ele nasceu para um propósito, para um caminho: salvar-nos, ensinando-nos o caminho para o Céu. Assim, para as almas que se unem à vida de Jesus pelas celebrações natalinas, é tempo de conversão e alegria: conversão da vida, a fim de que Deus encontre em nossos corações um lugar apto para acolhê-lo e alegria porque o Senhor voltou seus olhos para os seus servos.
Com Maria e com José, devemos acolher o Senhor em nossas vidas, mas não de maneira externa e fria, mas com santidade e ardor. Quem foi tocado por Deus não pode continuar a viver da mesma maneira, não pode voltar à vida do pecado, à vida da desgraça. O Cristo veio, mas também virá. Quando Ele vier e nos chamar, nos encontrará preparados? Dizemos a Ele: "Vem, Senhor Jesus" e Ele virá; mas poderemos recebê-Lo plenamente em nossas existências?
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