São
bolas, bengalas, sinos, anjinhos, tambores e uma infinitude de ideias pra lá de
criativas. Mas por que tanto enfeite na árvore natalina? O que significam? Bem,
a tradição cristã assimilou a árvore de Natal com São Bonifácio, como já noutro
artigo apresentamos. Mas a árvore sempre foi um precioso símbolo bíblico, a “árvore
da vida”, aquela do Jardim do Éden (Gn 2,9). O costume de enfeitar com bolas e,
sobretudo vermelhas, quer lembrar exatamente os frutos da árvore. Cada
ornamento da árvore de Natal deveria fazer memória de alguma virtude cristã. Os
enfeites alegorizam desejos, promessas e sentimentos dos moradores da casa.
Já no tempo de São Bonifácio, as árvores eram
enfeitadas com maçãs, evocando o fruto bendito do seio da Virgem, o Menino
Jesus, mas também lembrando do pecado original originante, o de Adão e Eva. Ao
contrário da árvore do pecado, a árvore natalina passou a nos lembrar da
salvação, salvação esta que deve ser “plantada” em cada casa para a preparação
da vinda de Jesus. Mas as maçãs apodreciam, aí veio a ideia de se usarem bolas
no lugar das frutas. Uma das primeiras referências registradas de enfeites
variados e não apenas as bolas, é do século XVI e vem da Igreja na Alsácia.
Sobre o modo de se enfeitar, ele é o mais
diverso possível. Por exemplo sobre as bolas: alguns colocam 12 ou múltiplos de
doze para lembrar dos Doze Apóstolos de Jesus; outros colocam exatas 33 bolas,
para recordar os trinta e três anos de vida terrena de Nosso Senhor; outros,
ainda, adornam progressivamente a árvore de Natal com 24 a 28 bolas, dependendo
do número de dias do Advento; por último, há aqueles que como eu, enfeitam a
árvore de casa de uma só vez. No entanto, na igreja, vocês perceberam que ela
está sendo enfeitada aos poucos, mostrando a progressão do tempo de preparação
para o Natal.
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