Era.
O rechonchudo Papai Noel é amado por crianças e adultos, com suas barbas e
cabelos brancos, óculos redondos e um saco às costas. O personagem do Papai
Noel foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira, no século IV.
São Nicolau nasceu em 280 em Patara, na atual Turquia, e morreu aos 41 anos.
Ele costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras.
Bondoso e generoso, nos anais históricos a seu respeito, São Nicolau sempre
oferecia presentes aos pobres e salvava marinheiros vítimas de tempestades. Foi
declarado santo após muitos milagres lhe serem atribuídos. São Nicolau virou
também o padroeiro das crianças e dos marinheiros. E ao Papai Noel as crianças
passaram a pedir os presentes com antecedência, para ganhá-los no Natal.
Mas o personagem histórico, “São Nicolau”,
acabou meio esquecido e cedendo lugar ao fantasioso “Papai Noel”. A fama do
Papai Noel de dar presentes às crianças chegou aos Países Baixos pelos
marinheiros, gente poliglota por ofício e não por profissão. Eles transmitiram
o nome de São Nicolau como puderam. O nome Nicolau cresceu pela Alemanha e
Europa, atravessou séculos, até chegar aos Estados Unidos, onde é chamado de
Santa Claus. O nome Santa Claus vem da evolução paulatina do nome de São
Nicolau: St. Nicklauss, St. Nick, St. Klauss e Santa Claus. O nosso Papai Noel
vem do Francês Père Noel. Em Portugal,
onde fala-se o melhor português e sem sotaque, ele é chamado de “Papai Natal”.
A palavra Noel é mais poderosa do que muitos imaginam. Ela vem do hebraico imanu’el e significa Deus conosco. Em
português, Emanuel deu origem a Manuel.
Mas, de onde veio a fama do “Papai Noel”,
quem o “inventou”? Foi um escritor, quase sem querer, que deu força à lenda de
Papai Noel. Ele se chamava Clemente C. Moore, um professor de literatura grega
em Nova Iorque, com o poema “Uma visita de São Nicolau”, escrito para seus seis
filhos em 1822. Moore divulgou a versão de que ele viajava num trenó puxado por
renas e ajudou a popularizar outras características, como o fato de ele entrar
pela chaminé. A explicação da chaminé vem da Finlândia, uma das fontes de
inspiração do poema. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, como iglus,
cobertas com pele de rena. A entrada era um buraco no telhado. De personagem
real da Turquia, o Papai Noel imaginário passou a vir do Pólo Norte.
A
última e mais importante característica incluída na figura de Papai Noel é sua
roupa vermelha e branca. Antigamente, ele vestia-se como bispo ou usava cores
próximas do marrom, com uma coroa de azevinhos na cabeça ou nas mãos. Mas não
havia um padrão. Seu visual atual foi obra do cartunista Thomas Nast, na
revista Harper’s Weeklys, em 1886,
numa edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa e no Canadá ele
ainda é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo e, ao invés do
gorrinho vermelho, tem uma mitra episcopal e não anda de trenó, nem puxado por
renas, mas anda numa charrete puxada por cavalos ou monta diretamente um.
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