Eis
que hoje celebramos com grande alegria a solenidade de São José, esposo de
Maria, ao qual Deus "confiou a custódia dos seus tesouros mais
preciosos". Como José do Antigo Testamento, a Escritura nos apresenta São José como homem
justo. Eis o que dele aprendemos súbito: a justiça. A justiça que nos nossos
dias não falta somente na política, na economia, na distribuição dos bens
sociais, mas falta também nos relacionamentos mais simples entre os homens,
entre nós, irmãos e irmãs.
"Quando acordou do sono, José fez como
lhe havia ordenado o anjo do Senhor" (Mt 1, 24). José é o último patriarca
que recebe a comunicação do Senhor através da humilde via dos sonhos (cf. Gn
28, 12-14; Mt 1, 20-24). Ele tomou a Maria junto com o Filho que viria ao mundo
por obra do Espírito Santo. Nem ao menos uma palavra, nada, somente o seu
silêncio, silêncio que nos toca profundamente porque revela a confiança e a
fidelidade do servo de Deus. De fato, chamado a ser o custódio do Redentor,
José responde com total obediência à Palavra de Deus. Ele, como Maria, acolhe a
missão que Deus lhe confia, e com amoroso cuidado da Santa Família, dedica-se à
educação de Jesus menino, assim guarda e protege o seu Místico Corpo, a Igreja.
Como o Patriarca Abraão, São José foi
obediente e dócil à vontade divina, demonstrou a mesma fé e a mesma confiança
em Deus. São José: homem justo, obediente, discreto, silencioso, casto, zeloso
e manso. Eis o que aprendemos com ele. Recordando o zelo de José pela
Sagrada Família, hoje queremos rezar por todas as famílias para que possam
nascer e crescer no amor. Hoje nos dirigimos com tanto fervor a São José e
invocamos o seu patrocínio, recordando o seu humilde modo de servir e de
participar na economia da salvação. São José está na linha dos grandes amigos
de Deus. Homem justo, servo bom e fiel. Celebrando a sua festa, a Igreja nos
pede a mesma fidelidade e pureza de coração que o animou no serviço ao Filho de
Deus.
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