“Por
que Ajoelhar-se?” O Papa emérito Bento XVI notou que ajoelhar é “uma
expressão da cultura cristã que transforma a cultura existente através de um
novo e mais profundo conhecimento e experiência de Deus”. Ele nos lembra que a
palavra “proskynein” só ocorre cinquenta e nove vezes no Novo Testamento, vinte
e quatro das quais estão no Apocalipse, o livro da liturgia celeste, que se
apresenta para a Igreja como o padrão para a sua própria liturgia.
Em seu livro “O Espírito da Liturgia”, Bento XVI
nos fala de uma história que vem dos ditos dos Padres do Deserto (apoftegmas),
de acordo com o qual o diabo foi obrigado por Deus a mostrar-se a um certo Abba
Apollo. Ele parecia preto e feio , com membros finos assustadores, mas, o mais
impressionante, ele não tinha joelhos. A incapacidade de se ajoelhar é visto
como a própria essência do diabólico. Assim, ajoelhar é próprio de quem adora o
verdadeiro Deus; a pessoa genuflete porque reconhece sua pequenez frente a
divindade e a reverencia como mais poderosa e superior a ela.
“Por que receber a Eucaristia na língua?” Apesar
da prática generalizada, principalmente no Brasil, da Comunhão na mão, a
disciplina universal de receber a Sagrada Comunhão na língua não mudou. Um
bispo em sua diocese, por exemplo, pode proibir a prática da Comunhão na mão,
mas não a prática da Comunhão na língua. A Igreja encoraja fortemente o
último, mas não o primeiro. Com relação à Comunhão na mão, a Igreja só
fala em um tom de cautela por causa dos muitos abusos que muitas vezes
acompanham essa prática. Escreve Santo Tomás de Aquino: “A distribuição
do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote por três razões:
Primeiro,
porque ele consagra na pessoa de Cristo;
Em
segundo lugar, porque o sacerdote é o intermediário designado entre Deus e o
povo e, por isso, uma vez que pertence a ele oferecer dons do povo de Deus,
pertence a ele também entregar os presentes consagrados ao povo;
Em
terceiro lugar, porque se deve resguardar, com reverência, o Santíssimo Sacramento;
nada que não seja consagrado deveria tocá-Lo, mas somente o que é consagrado. Por
isso o corporal e o cálice são consagrados, e também as mãos do sacerdote, para
tocar este sacramento”.
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