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sábado, 22 de março de 2014

Por que ajoelhar-se diante do Senhor? Por que comungar na boca?


  “Por que Ajoelhar-se?” O Papa emérito Bento XVI notou que ajoelhar é “uma expressão da cultura cristã que transforma a cultura existente através de um novo e mais profundo conhecimento e experiência de Deus”. Ele nos lembra que a palavra “proskynein” só ocorre cinquenta e nove vezes no Novo Testamento, vinte e quatro das quais estão no Apocalipse, o livro da liturgia celeste, que se apresenta para a Igreja como o padrão para a sua própria liturgia.

  Em seu livro “O Espírito da Liturgia”, Bento XVI nos fala de uma história que vem dos ditos dos Padres do Deserto (apoftegmas), de acordo com o qual o diabo foi obrigado por Deus a mostrar-se a um certo Abba Apollo. Ele parecia preto e feio , com membros finos assustadores, mas, o mais impressionante, ele não tinha joelhos. A incapacidade de se ajoelhar é visto como a própria essência do diabólico. Assim, ajoelhar é próprio de quem adora o verdadeiro Deus; a pessoa genuflete porque reconhece sua pequenez frente a divindade e a reverencia como mais poderosa e superior a ela.

  “Por que receber a Eucaristia na língua?” Apesar da prática generalizada, principalmente no Brasil, da Comunhão na mão, a disciplina universal de receber a Sagrada Comunhão na língua não mudou. Um bispo em sua diocese, por exemplo, pode proibir a prática da Comunhão na mão, mas não a prática da Comunhão na língua. A Igreja encoraja fortemente o último, mas não o primeiro. Com relação à Comunhão na mão, a Igreja só fala em um tom de cautela por causa dos muitos abusos que muitas vezes acompanham essa prática.  Escreve Santo Tomás de Aquino: “A distribuição do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote por três razões:

Primeiro, porque ele consagra na pessoa de Cristo;

Em segundo lugar, porque o sacerdote é o intermediário designado entre Deus e o povo e, por isso, uma vez que pertence a ele oferecer dons do povo de Deus, pertence a ele também entregar os presentes consagrados ao povo;


Em terceiro lugar, porque se deve resguardar, com reverência, o Santíssimo Sacramento; nada que não seja consagrado deveria tocá-Lo, mas somente o que é consagrado. Por isso o corporal e o cálice são consagrados, e também as mãos do sacerdote, para tocar este sacramento”.

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