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quinta-feira, 6 de março de 2014

A família sob o fio da navalha (Parte 3)


  E esse trabalho de desmonte por dentro, começou de modo mais acentuado, quando John Rockefeller III esgotou seus esforços em fazer convencer o papa Paulo VI em flexibilizar a moral familiar católica na encíclica “Humanae Vitae”, publicada em 1968. Rockefeller III esteve pessoalmente em audiência com Paulo VI e arguiu que o mundo mudou, não dá mais, a realidade hoje é outra; querendo que Paulo VI flexibilizasse a moral sexual católica, para justificar assim o controle populacional, recorrendo ao aborto, se preciso, como método mais eficaz, como desejava Margaret Sanger. Rockefeller III saiu da audiência com Paulo VI convencido de que ele havia entendido de que era preciso mudar, flexibilizar.

  Mas, para estupor de todos, Paulo VI não flexibilizou e manteve a moral familiar de acordo com a lei natural, defendida pela Igreja, há dois milênios. Rockefeller percebeu então que tinha de mudar de estratégia: passou a financiar a revolução cultural. Teria paciência para isso, trinta, quarenta anos, não importa. Mas atacaria a família e a moral católica de outros modos, até a Igreja, acuada e extenuada, ter que flexibilizar, a pedido dos próprios fiéis católicos. Numa entrevista, a fundadora das “Católicas pelos Direito de Decidir” Francis Kissling (financiada por tais grupos) assim afirmou: “O direito ao aborto somente será definitiva e irreversivelmente estabelecido entre as mulheres quando, no dizer das Católicas, mais do que a legislação, puder ser derrubada a própria moralidade do aborto, e nisto a Igreja Católica não passa apenas de um alvo instrumental. A moral católica é a mais desenvolvida. Se você puder derrubá-la, derrubará por conseqüência todas as outras”.


  Essa foi a estratégia adotada: as Fundações desestabilizariam a sociedade a tal ponto, até que a maioria dos fiéis exigissem do papa a flexibilização. “Não foi, tudo isso, um movimento espontâneo – como me dissera o membro da Pastoral Familiar – mas forças econômicas e políticas poderosas agiram para isso”. Da audiência de Rockefeller III com Paulo VI, os ataques contra a família e a Igreja se tornaram cada vez mais intensos e sistêmicos. Rockefeller III foi convencido por Adrienne Germain de que era preciso mudar de estratégia. Então, em 1974 (no mesmo ano do Relatório Kissinger), Rockefeller III decidiu investir na revolução cultural, financiando o movimento homossexual e o feminismo radical. 

Prof. Hermes Rodrigues Nery é especialista em Bioética, pela PUC-RJ.

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