O Papa Bento XVI escreveu seu último Motu Proprio, com data de 22 de Fevereiro, Festa da Cátedra de São Pedro. Neste Documento, o Santo Padre faz acertos e dissipa dúvidas quanto aos termos da eleição do próximo Papa. Como era de se esperar, sua renúncia trouxe muitas dúvidas quanto à prática, sobretudo, do início do Conclave. O Papa esclarece, por exemplo, que o Conclave pode começar antes dos 15 dias propostos, se todos os cardeais já estiverem no Vaticano. A não ser por grave causa se cumpra o prazo anterior.
Com este documento, o Papa também formula uma maior disciplina entre os cardeais, sobretudo realçando o aspecto da oração e da interiorização. O solene voto de obediência dos cardeais quanto ao sigilo do Conclave também é revalorizado, assim como o ritual de unidade ao Papa. Noutras palavras, o Santo Padre parece querer unir as fraturas de alguns Conclaves anteriores, vedar as informações que nesta época midiática são jogadas ao vento e, sobretudo, o Papa Bento parece querer dar ao seu sucessor aquela integração maior com os cardeais, o que pode ter lhe faltado em alguns momentos.
Esperemos a tradução completa do Documento e estudemos seu significado profundo na História da Igreja e na eclesiologia. Mais uma vez, agradecemos ao Santo Padre sua coragem e seus esforços por uma Igreja renovada no seu sentido mais profundo e não em ideais bolchevistas ou "espirituais-esotéricos".
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