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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O Recomeço é uma forma de se encontrar (ainda o carnaval)



O povo brasileiro já se acostumou a ficar mais alegre em Fevereiro. Tudo é festa. Tudo se esquece. Tudo é colorido. É carnaval! Comprometidos com a Verdade eterna, com o Reino e com as disposições da Igreja, não podemos deixar de lado esta vertente de nosso povo; noutras palavras, este valor antropológico (da alegria de uma festa popular) deve ser considerado e até trabalhado por nossa Igreja. Diversas formas já têm sido utilizadas como retiros, acampamentos e “louvores”. Quero me deter não nestas formas práticas, mas na disposição interior das pessoas envolvidas neste evento.

A alegria é uma das mais belas manifestações do ser humano. Dizer-se “alegre”, significa mostrar-se plenamente satisfeito, bem, equilibrado. A concepção cristã de “alegria” se intui daí mesmo: buscar fidelidade e dedicação no que se faz, buscar a santidade, é ser feliz. O próprio Senhor nos apresentou tal coisa através das “bem-aventuranças” – o mesmo que dizer “felicidades”.

Bem, agora confrontemos a alegria carnavalesca com a alegria cristã: a primeira depende dos aspectos externos, do lugar animado, da fantasia que se usa, da música alta que se toca e, talvez, daquilo que se bebe. A alegria cristã depende dos aspectos internos, da presença de Deus a nossa alma, da sinceridade de ser o que se é – sem máscaras, de boas músicas ouvidas pelo coração e tocadas ao ouvido ou mesmo do silêncio e, sem dúvida, da doce comunhão espiritual ou eucarística com o Senhor.

A alegria profunda que Cristo oferece e a alegria confortadora dos problemas querida por nós devem se encontrar. Um lugar próprio para ambas é o período da Quaresma.

A Quaresma, como sabemos, é um tempo fecundo de reflexão sobre nosso modo de vida e também um período de preparação para a Páscoa do Senhor. Ela se apresenta como um recomeço da nossa espiritualidade. Creio que o recomeço é uma forma de se encontrar, de se rever, de tomar um novo rumo, de refazer experiências e propósitos. Este é um grande momento para perguntarmos-nos da nossa alegria, do valor de nossa vida e do seu curso.

A Quaresma deve nos leva a seguir mais de perto os passos de Jesus, revitalizando nosso ser, deixando coisas antigas. É hora e é agora de tentar neste ano sermos mais santos, mais alegres, mais joviais; há muitos de nós envelhecidos no pecado e no mal, no preconceito e na falta demasiada. Busquemos neste tempo da Quaresma a juventude que é qualidade de vida (e não um tempo de vida). Enrugue-se a pele, não a alma!  Um bom início de exercícios quaresmais.

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