Teólogos ou sociólogos?

  Fico impressionado com a enxurrada, nestes dias, de ditos “teólogos” que dizem que a Igreja deve ser mudada, reestruturada, que deve tratar dos assuntos hodiernos como contraceptivos, homossexualidade, divórcio, “casamentos” homoafetivos, etc com coragem, aceitando os novos rumos da humanidade e ainda “profetizam”: se não fizer isso, a Igreja vai acabar, vai perder cada vez mais seus fieis...

  Bem, acho que esses “teólogos” se esquecem da máxima básica de toda a teologia, pelo menos a sã, a verdade de que esta Igreja é do Pastor eterno e é conduzida pelo Espírito de Deus. Assim, acreditando que isso seja verdade, também acreditamos nas palavras do próprio Senhor Jesus que disse: “As portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja”.

  Aqui se levanta a dúvida se se pode fazer teologia sem fé, sem acreditar nos pressupostos da doutrina cristã. Ao meu ver, não. Mesmo sendo ciência, no sentido mais clássico, a teologia tem que partir do pressuposto do dado revelado; o objeto da ciência teológica é Deus e é a fé.

  Para mim, “teólogos” que anunciam o fim da Igreja e que aumentam o coro dos pagãos em dizer que a Igreja deve se moldar à sociedade e, em particular, a essa sociedade hedonista e consumista, pobre de valores e cheia de mazelas, estão mais pra sociólogos do que teólogos.