O que Santa Escolástica,
Nossa Senhora de Lourdes e o início da Quaresma tem a ver com a renúncia de
Bento XVI? Em princípio, nada. Mas olhando para os fatos, podemos perceber
certos sinais que, se não foram apontados conscientemente pelo Santo Padre, ao menos
foram forjados pela própria Providência divina. Materialmente, uma foto rodou o
mundo: um raio atingiu a cúpula de São Pedro na noite do dia 11 de Fevereiro. Naquela
mesma manhã, o Cardeal Angelo Sodano, perplexo com a notícia da renúncia do
Papa, havia falado profeticamente que a notícia caiu como “um raio em céu sereno”.
A “Declaratio”, a carta de renúncia de Bento
XVI, vem com uma data, 10 de Fevereiro. Apesar de só vir a público no dia
seguinte, 11, a data da carta é muito significativa: dia de Santa Escolástica.
Quem foi essa santa? Irmã de São Bento e fundadora, como ele, de mosteiros
contemplativos. O Papa, sabemos, é um grande admirador de São Bento e inclusive
tomou seu nome para o pontificado. Ao datar sua carta no dia de Santa
Escolástica, penso, o Papa se une espiritualmente ao carisma beneditino do “ora
et labora”, reza e trabalha; depois de ter trabalhado incansavelmente pela
Igreja, parece que o Papa deseja agora se entregar mais a outro labor, o da
oração. São suas palavras: “Estou bem consciente de que este ministério, pela
sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as
palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando”. Não é à toa que, após
sua saída do exercício do múnus petrino, Bento XVI irá se retirar para um pequenino
mosteiro no interior do Vaticano...
O anúncio surpreendente da renúncia também
veio num dia simbólico: dia de Nossa Senhora de Lourdes. A mensagem de Lourdes
é uma mensagem carregada de valor penitencial. Bernadete não apenas repete as
palavras da Virgem, mas as cumpre em sua vida. “Penitência, penitência, penitência.
Solicitas para os pecadores”, dizia Nossa Senhora. E Bernadete a cumpriu
fazendo penitências e aumentando sua oração. Será que o Papa não estará a nos
indicar o caminho penitencial? Será que a Igreja não precisa de mais oração e
sacrifício? Lembremos também das palavras de Nossa Senhora, em Lourdes: “Não
vos prometo tornar-vos feliz neste mundo, mas no outro”. Não serão palavras
dirigidas também ao Papa?
Estamos às portas da Quaresma, tempo de
reflexão, oração e penitência. E será nesse tempo que a Sé de Pedro ficará
vacante e que o novo Papa será escolhido. Tempo de espera. Tempo de intercessão.
Tempo de meditação. Mas também tempo de provação, de luta, de combate com o
inimigo...
A renúncia de Bento XVI, além de revelar as
virtudes de humildade e simplicidade do Pontífice, revelam pelos sinais que a
envolveram, muitas lições a nós. Vejamos. Ouçamos. Aprendamos.
È UM SENTIMENTO NOVO QUE
ResponderExcluirTODOS NÓS CRISTÃOS CATÓLICOS
ESTAMOS ESPERIMENTANDO.
OREMOS CADA VEZ MAIS PELO
NOSSO SANTO PADRE O PAPA
BENTO XVI E PELO SEU SUCESSOR.