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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sinais na renúncia de Bento XVI



  O que Santa Escolástica, Nossa Senhora de Lourdes e o início da Quaresma tem a ver com a renúncia de Bento XVI? Em princípio, nada. Mas olhando para os fatos, podemos perceber certos sinais que, se não foram apontados conscientemente pelo Santo Padre, ao menos foram forjados pela própria Providência divina. Materialmente, uma foto rodou o mundo: um raio atingiu a cúpula de São Pedro na noite do dia 11 de Fevereiro. Naquela mesma manhã, o Cardeal Angelo Sodano, perplexo com a notícia da renúncia do Papa, havia falado profeticamente que a notícia caiu como “um raio em céu sereno”.

  A “Declaratio”, a carta de renúncia de Bento XVI, vem com uma data, 10 de Fevereiro. Apesar de só vir a público no dia seguinte, 11, a data da carta é muito significativa: dia de Santa Escolástica. Quem foi essa santa? Irmã de São Bento e fundadora, como ele, de mosteiros contemplativos. O Papa, sabemos, é um grande admirador de São Bento e inclusive tomou seu nome para o pontificado. Ao datar sua carta no dia de Santa Escolástica, penso, o Papa se une espiritualmente ao carisma beneditino do “ora et labora”, reza e trabalha; depois de ter trabalhado incansavelmente pela Igreja, parece que o Papa deseja agora se entregar mais a outro labor, o da oração. São suas palavras: “Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando”. Não é à toa que, após sua saída do exercício do múnus petrino, Bento XVI irá se retirar para um pequenino mosteiro no interior do Vaticano...

  O anúncio surpreendente da renúncia também veio num dia simbólico: dia de Nossa Senhora de Lourdes. A mensagem de Lourdes é uma mensagem carregada de valor penitencial. Bernadete não apenas repete as palavras da Virgem, mas as cumpre em sua vida. “Penitência, penitência, penitência. Solicitas para os pecadores”, dizia Nossa Senhora. E Bernadete a cumpriu fazendo penitências e aumentando sua oração. Será que o Papa não estará a nos indicar o caminho penitencial? Será que a Igreja não precisa de mais oração e sacrifício? Lembremos também das palavras de Nossa Senhora, em Lourdes: “Não vos prometo tornar-vos feliz neste mundo, mas no outro”. Não serão palavras dirigidas também ao Papa?

  Estamos às portas da Quaresma, tempo de reflexão, oração e penitência. E será nesse tempo que a Sé de Pedro ficará vacante e que o novo Papa será escolhido. Tempo de espera. Tempo de intercessão. Tempo de meditação. Mas também tempo de provação, de luta, de combate com o inimigo...

  A renúncia de Bento XVI, além de revelar as virtudes de humildade e simplicidade do Pontífice, revelam pelos sinais que a envolveram, muitas lições a nós. Vejamos. Ouçamos. Aprendamos.

Um comentário:

  1. È UM SENTIMENTO NOVO QUE
    TODOS NÓS CRISTÃOS CATÓLICOS
    ESTAMOS ESPERIMENTANDO.
    OREMOS CADA VEZ MAIS PELO
    NOSSO SANTO PADRE O PAPA
    BENTO XVI E PELO SEU SUCESSOR.

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