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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Súmula da Jornada Teológica (Terceira Parte)



Anjos Maus:

Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e como o homem dotado de livre escolha. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados fora do céu
(2 Pd 2,4). O pecado, no qual eles e seu chefe caíram foi o orgulho. Alguns tem pensado que a ocasião de rebelião dos anjos foi a revelação da futura encarnação do Filho de Deus e a obrigação deles o adorarem.
Segundo a Bíblia, os anjos maus passam o tempo no inferno (2 Pd 2,4) e no mundo, especialmente nos ares que nos rodeiam. (Jo 12,31; 14,30; 2 Co 4,4; Ap 12,4,7-9). Enganando os homens por meio do pecado, exercem grande poder sobre eles (2 Co 4,3,4; Ef 2,2; 6,11,12. Segundo a Tradição seu número é menor: a terça parte dos anjos.

Os anjos não são contemplados no plano da redenção

(1 Pe 1,12), mas o inferno foi preparado como eterno castigo dos anjos maus (Mt 25,41). Os anjos maus são empregados na execução dos propósitos de Satanás, que são opostos aos propósitos de Deus, e estão envolvidos nos obstáculos e danos contra a vida espiritual e o bem estar do povo de Deus. No fim dos tempos, o poder deles será destruído.

A queda dos anjos:

O fato da sua queda

O Diabo somente existe porque Deus o criou e permite que ele continue existindo. Os seres diabólicos são seres criados bons e que usaram mal a sua liberdade, “rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e o seu Reino” (CIC 392); Então, quando a fé e a teologia cristãs falam sobre o Diabo e seus anjos não é para amedrontar ou fazer especulações fantasiosas mas, ao contrário, para desmascarar o medo e a importância que o mal possa dar ao mal (Jo12,31).

A época de sua queda:

Nas Escrituras não há referência de quando ocorreu a queda dos anjos, mas deixa claro que se deu antes da queda do homem, já que Satanás entrou no jardim na forma de serpente e induziu Eva a pecar (Gn 3).

O resultado de sua queda:

 1.Todos eles perderam a sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta
(Mt 10,1; Ef 6,11-12; Ap 12,9);
 2. Alguns deles foram lançados no inferno e estão “acorrentados” até o dia do julgamento (2 Pe 2,4);
 3. Alguns deles permanecem em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons, dos santos e de Deus (Ap 12,7-9; Dn 10,12,13,20,21).

A hierarquia dos demônios:

Bíblia e Tradição

 Nem a Bíblia, nem a Tradição descrevem a hierarquia dos demônios. Essa questão parece ser parte do mistério que rodeia a origem do mal. Porém, as Escrituras dão claro testemunho da sua existência real e de sua posição (Mt 12,26-28).  No século XIX, Jacques Auguste de Plancy escreveu seu “Dicionário Infernal”, obra de ocultismo em que apresenta de A a Z, os nomes dos diversos demônios e suas funções.
Segundo a Tradição e o trabalho dos exorcistas, os demônios, além de terem na origem sua hierarquia e ordem, também se dividem segundo sua força de persuasão e segundo seu pecado. Também, segundo Santo Tomás de Aquino – baseando-se na Bíblia, existem os demônios loqui (que falam) e os mudos.

Os nomes do Mal:

Pela Bíblia e pela tradição cristã, dispomos de alguns nomes de Satanás e seu séquito:

Satã ou Satanás: O mais poderoso, inteligente, o primeiro a se opor a Deus; a raiz da palavra significa “adversário”, “opositor”
Diabo: “Aquele que divide”. É como no NT chama a Satã;
Belzebu: “Senhor das moscas. Sinônimo de Diabo (2Rs 1,2);
Lilit: Demônio em forma de mulher (Is 34,14);
Asmodeu: Demônio da ira (Tb);
Sátiro: Demônio em forma de bode (Lv 17,7;Br 4,5);
Demônio: Do grego “daimon” – qualquer espírito malígno;
Belial: Da raíz hebraica “baal” – “falso senhor” (2Cor 6,15);
Apolion/Abadon: demônio destruidor (Ap 9,11);
Lúcifer: “Portador da luz”/”Estrela da manhã”. Outro nome de Satanás ou o segundo demônio mais importante na hierarquia.

Segundo o Pe. Fortea, num exorcismo um demônio teria revelado os 5 demônios mais poderosos do inferno. Eis a ordem: Satã, Lúcifer, Belzebu, Belial e Meridiano. É correta esta hierarquia? Só Deus sabe; o que sabemos, pela Bíblia, é que possuem nomes.

A ação dos demônios:

a) A tentação, que se faz à maneira de sugestão, que desperta normalmente uma inclinação para o mal. Mas só há pecado quando a pessoa consente na tentação. Pode ser por insinuação (sugerindo) ou por persuasão (enganando o intelecto e alimentando fantasias e lembranças de imagens);
Nem todas as tentações vem do Demônio; mundo e carne também são causadoras;
A falta de prudência, o erro tácito e a falta de oração são geralmente o que expõe a fragilidade humana;
Há necessidade de vigilância, de oração, de penitência, de escuta da Palavra de Deus e da confissão permanente;
Deus não permite que sejamos tentados acima de nossas forças (1Cor 10,13).

b) infestação, ação diabólica apenas exterior, que pode ser “local” ou “pessoal”; se local, ataques a animais, plantas e coisas inanimadas; se pessoal, ataques às pessoas, causando alucinações, medos, cheiros ruins, visões (vultos), estados histéricos, etc.
As infestações não são frequentes e não podem ser confundidas com doenças comuns;
Segundo Mons. Balducci, as vítimas mais frequentes da infestação dos demônios são: os santos, os exorcistas e os maleficiados. Os santos, porque suas vidas incomodam; os exorcistas porque os combatem e os maleficiados, porque Deus permite para seu castigo, para a provação ou para manifestar o seu poder divino.

c) a obsessão é ação diabólica apenas exterior, na qual a vítima é atormentada mental e fisicamente, sem que perca o domínio sobre os atos do seu corpo: um tipo de doença, de dor, de mal-estar, que não apresenta causa natural. Pensamentos obsessivos, prostração, desespero, fobia, depressão;
 As obsessões são anomalias mais sérias e, portanto, devem ser imediatamente apreciadas por médicos e, depois de sérias comprovações, de um sacerdote idônio;
Segundo exorcistas e demonólogos, é já um primeiro grau de possessão e, se provada, deve ser contida, antes que avance para uma possessão;
Os exorcismos menores podem ser feitos pelo próprio atormentado ou por qualquer outra pessoa.

d) a possessão, na qual o demônio se serve do corpo da pessoa, como esta mesma o faria: move-o, fala, atua, sem que o possesso consiga resistir a isso, embora sua alma permaneça inatingida. Convém ressaltar que não há nenhuma declaração solene da Igreja sobre temas como a possessão e a obsessão.
A possessão não é comum e ninguém deve ficar alarmado com isso; Ninguém pode dar um diagnóstico de “possessão”, a não ser os especialistas que serão chamados a estudar o caso; a Igreja até hoje não legitimou a tantas possessões;
Os maiores casos de possessão, segundo o Pe. Gabriele Amorth, vem do Brasil e de países africanos, resultantes da macumba. 

Um comentário:

  1. Sinto-me com vontande de rezar
    mais, e somente contemplar a
    face do Senhor, Jesus Cristo!!!

    Que São Bento, interceda por
    nós, e nos livre de todos
    esses anjos maus.

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