A festa litúrgica da
conversão de são Paulo apareceu no século VI e é própria da Igreja latina. O
martírio do apóstolo dos gentios é comemorado no dia 29 de junho. A celebração
do dia 25 de janeiro tem por finalidade considerar as várias facetas do Apóstolo
por excelência. Ele diz de si mesmo: “Eu trabalhei mais que todos os
apóstolos…”, mas também: “Eu sou o menor dos apóstolos… não sou digno de ser
chamado apóstolo”.
Apresenta, ele mesmo, as credenciais: viu o
Senhor, Cristo ressuscitado lhe apareceu, ele é testemunho da Ressurreição de
Cristo, foi enviado diretamente por Cristo. É como um dos Doze. Pertence a
Jesus desde aquela hora em que, no caminho de Damasco, vencido por Cristo e
prostrado em terra perguntou-lhe: “Senhor, que queres que eu faça?” Paulo então
passou a pregar e propagar a fé que desejava exterminar. Em poucos segundos de
contato direto Jesus o transformou de um ferrenho perseguidor no maior Apóstolo
do seu Evangelho em todos os tempos.
Essa experiência de Cristo às portas de
Damasco, que ele compara com a experiência dos Doze na Páscoa e com o fulgor da
primeira luz da criação, será o estribilho da sua pregação oral e escrita. Nas
suas 14 epístolas que escreveu percebemos o efeito da graça do caminho de
Damasco, impossível de se entender como alucinação ou simples fato psicológico.
Aí está o dedo de Deus, o milagre.
São Paulo tirou da sua experiência esta
consoladora conclusão: “Jesus veio a este mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o primeiro. Precisamente por isso encontrei misericórdia. Em mim
especialmente Jesus Cristo quis mostrar toda a sua longanimidade, para que eu
sirva de exemplo a todos aqueles que pela fé nele alcançarão a vida eterna.”
“Conheço um homem em Cristo que foi arrebatado até ao terceiro céu. Se no corpo
ou fora do corpo, não sei. Deus o sabe. Só sei que esse homem ouviu palavras
inefáveis…” (2 Cor 12,2).
Fonte: Portal Cléofas
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