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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A essência de Deus



  O conceito de “essência” de Deus é determinado concretamente por meio de seus “atributos” ou “definições”, isto é, daquilo que se fala de Deus. É claro que não podemos aprisionar Deus em categorias humanas; então as palavras que apresentamos para expressar Deus, não são definições metafísicas, nem possuem a pretensão de abarcar tudo o que é Deus. As expressões que “explicam” Deus querem apenas focalizar o agir de Deus; referem-se à manifestação do Deus revelado no meio dos homens.

  Seguindo Santo Tomás de Aquino, chegamos à conclusão de que, ao conhecer a ação “ad extra” (fora) de Deus, poderemos ter acesso àquilo que é “Deus em Si” (ad intra). “Operare sequitur esse” (A ação segue o ser) ou como modernamente diríamos com o teólogo Karl Rahner, “da Trindade econômica, chegamos à Trindade imanente”.

  A essência divina é simples, isto é, sem mistura, sem acréscimo; em Deus o Conhecimento e o Ato de Entender, nada acrescentam ao seu Ser, ao contrário, é o seu próprio Ser.

  Apesar da distinção das Pessoas, não há três deuses. A essência é única às Três Pessoas; a unidade em Deus é unidade da essência e não apenas da unidade (comunhão) entre as Pessoas divinas. Deus é Três, mas não são três. A pluralidade não indica quantidade. Não há três centros volitivos e ativos, mas um só querer e uma só ação que, segundo Rahner, se faz através de dois modos: verdade e amor.

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