O conceito de “essência” de
Deus é determinado concretamente por meio de seus “atributos” ou “definições”,
isto é, daquilo que se fala de Deus. É claro que não podemos aprisionar Deus em
categorias humanas; então as palavras que apresentamos para expressar Deus, não
são definições metafísicas, nem possuem a pretensão de abarcar tudo o que é
Deus. As expressões que “explicam” Deus querem apenas focalizar o agir de Deus;
referem-se à manifestação do Deus revelado no meio dos homens.
Seguindo Santo Tomás de Aquino, chegamos à
conclusão de que, ao conhecer a ação “ad extra” (fora) de Deus, poderemos ter
acesso àquilo que é “Deus em Si” (ad intra). “Operare sequitur esse” (A ação
segue o ser) ou como modernamente diríamos com o teólogo Karl Rahner, “da
Trindade econômica, chegamos à Trindade imanente”.
A essência divina é simples, isto é, sem
mistura, sem acréscimo; em Deus o Conhecimento e o Ato de Entender, nada
acrescentam ao seu Ser, ao contrário, é o seu próprio Ser.
Apesar da distinção das Pessoas, não há três
deuses. A essência é única às Três Pessoas; a unidade em Deus é unidade da
essência e não apenas da unidade (comunhão) entre as Pessoas divinas. Deus é
Três, mas não são três. A pluralidade não indica quantidade. Não há três
centros volitivos e ativos, mas um só querer e uma só ação que, segundo Rahner,
se faz através de dois modos: verdade e amor.
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