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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Apoftegmas para meditação



1. Aconteceu a um irmão do monastério do abade Elias sucumbir à tentação; posto porta afora, partiu em direção à montanha para se encontrar com o abade Antão, e lá ficou um tempo, até Antão o remeter ao monastério donde viera. Mas tão logo o viram os irmãos, expulsaram-no novamente. Retornou o irmão até onde o abade Antão e lhe disse: “Pai, não me quiseram receber”. Transmitiu-lhes este recado o ancião: “Certa vez, naufragou um navio no mar e perdeu a carga. Às duras penas conseguiu aportar, mas vós quereis submergir a nave que chegou sã e salva à margem.” Quando souberam que outro não era senão o abade santo que lhes devolvia o faltoso, receberam-no sem pestanejar. (Antão, 21);

2. Pecara um irmão, e por isso ordenara-lhe o padre saísse da igreja. Contudo, levantou-se o abade Bessarião e saiu com o irmão dizendo: “Também devo eu sair, que sou pecador.” (Bessarião);

3. Certo dia foi o abade Isaque de Tebas a um cenóbio. Ao testemunhar a falta de um irmão, julgou-o. Ao retornar ao deserto, apareceu-lhe um anjo do Senhor defronte a porta da cela e lhe disse: “Não hei de deixar-te entrar!” Perguntou-lhe o ancião a razão daquilo, no que lhe respondeu o anjo: “Enviou-me Deus a perguntar-te: ‘Para onde me ordenas tu mandar aquele irmão culpado que julgaste?’ Num instante Isaque fez uma reflexão e disse: “Eu pequei, perdoai-me !” E lhe disse o anjo: “Ergue-te, Deus te perdoou, mas guarda-te doravante de nunca mais julgar ninguém, sem que Deus o faça antes.” (Isaque de Tebas).

4. Certo dia cometeu uma falta um irmão da Cítia. Os anciãos em conselho mandaram se pedisse a presença do abade Moisés, que se recusou a ir. O mensageiro encarregou a outro que lhe dissesse: “Vem, que te esperam os irmãos.” Ergueu-se o abade, pegou dum saco furado, encheu-o de areia e pô-lo sobre os ombros, e com ele foi até onde os irmãos estavam. Saindo-lhe ao encontro, perguntaram os irmãos: “Que é isto, Pai?”, ao que lhes respondeu o ancião: “Meu pecados escorrem às minhas costas, e não os vejo; e tenho eu agora de julgar os pecados alheios?” Ao escutarem aquela palavra conceituosa, já não tocaram mais no assunto os irmãos e perdoaram o culpado. (Moisés, 2).

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