O
discernimento necessário:
A Igreja e a ciência
caminharão sempre juntas; nos casos de infestação, obsessão e possessão, só a
partir de um diagnóstico científico se iniciarão os procedimentos espirituais;
Só o Bispo diocesano ou seu
delegado tem a autorização para fazer exorcismos maiores; nenhum leigo nem
sacerdote possuem tal autorização;
A mente humana é
poderosíssima e pode construir situações e encarnar papéis.
Considerações
psiquiátricas:
Alucinações sensoriais são
bastante comuns, nas pessoas que vivem sob pressão;
Pessoas com passagem por
ritos esotéricos, espíritas, etc, têm maior propensão a desenvolver patologias
psíquicas ou fisiopsíquicas;
No passado, doenças ainda
não diagnosticadas pela ciência de então, foram confundidas com casos de
influência demoníaca (depressão, esquizofrenia, síndrome do pânico, transtorno
bipolar, epilepsia, etc);
A OMS possui uma catalogação
bem extensa de doenças psíquicas e que podem a vir a ser somáticas. Somente
após um laudo apurado e sigiloso, é que se vai encaminhar o caso à
Arquidiocese;
Em seu apêndice I, a OMS
recolhe sob o termo “zar” toda e qualquer experiência de “espíritos que possuem
uma pessoa”; os atacados por esta síndrome experimentam episódios dissociativos:
gritos, risos estridentes, choro, pancadas na cabeça, cantos estranhos, recusa
à alimentação e à limpeza...
A OMS também faz menção de
“desordens não especificadas de outra maneira”, na qual a “demonopatia” estaria
englobada. Assim, muitas são as possibilidades de caráter humano e
pouquíssimas, as de caráter espiritual.
Considerações
religiosas:
Somente após o diagnóstico e
a medicação, passado longo tempo de tratamento e, persistindo os sintomas, é
que se deve buscar a ajuda eclesiástica;
Existem na Igreja 2 tipos de
exorcismo, o Menor e o Maior. O Menor consiste em orações de cura e libertação,
enquanto que o Maior consiste em orações próprias prescritas no “Ritual de
Exorcismo”;
As características mais
comuns da possessão são: horror ao sagrado e revolta contra ele, fúria e
blasfêmia contra qualquer imagem ou símbolo cristão, amnésia total e absoluta,
mudança corporal (olhos, voz, músculos, etc), força descomunal;
Também são características
de possessão diabólica o gosto pelo obceno e pelo imoral, o asco aos rituais
sacros, aos sacramentais e aos servos de Deus.
Após as crises furiosas, a
pessoa já não possessa, vive normalmente, sem nada que afete seu trabalho ou
sua vida pessoal.
Terminada a crise, a pessoa
volta ao seu normal, como se nada tivesse acontecido.
Causas
da possessão:
Pacto com o Demônio;
Participar de sessões
espíritas, cultos satânicos ou ritos esotéricos;
Oferecimento a Satanás, dos
filhos pelos pais;
Malefícios (quem faz e quem
é vítima);
Benefícios espirituais inigualáveis;
Desígnios escondidos de
Deus.
O
Ritual exorcista:
É um ritual litúrgico que
possui ritos menores (ladainha dos santos, liturgia da Palavra, Pai-nosso...) e
um núcleo, que é a esconjuração do diabo, o exorcismo propriamente dito;
As orações deprecativas são
sempre a Deus e a esconjuração, sempre ao demônio;
Utilizam-se também, além do
Ritual, o óleo dos catecúmenos, a água benta e o crucifixo.
O
Ministério do Exorcizato:
Depois de comprovado um caso
de possessão e conseguida a autorização, o ideal é que o exorcista tenha uma
equipe que o ajude;
Composição da equipe: os
consultores (encarregados do discernimento), os exorcistas e os assistentes
(assistem com sua oração e ajuda durante o exorcismo).
A
derrota do mal:
Deus decretou sua derrota
(Gn 3,14s)
No princípio foi expulso do
céu; durante a grande tribulação será lançado da esfera celeste à terra (Ap
12,7-9). Dessa maneira a Palavra de Deus nos assegura a derrota final do mal.
A
luta contra o mal:
Prática sacramental: Missa e
confissão;
Oração: orações gerais,
Credo, renúncia a Satanás, Pai-nosso, Ave Maria;
Uso de sacramentais: água
benta, objetos bentos, uso da Medalha Milagrosa, de São Bento, da cruz e de
outras imagens bentas, sinal da cruz;
Evitar superstições e práticas
de mandinga: uso de amuletos, como figas, trevos, tridentes, etc.
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