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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Súmula da Jornada Teológica (Última Parte)



O discernimento necessário:

A Igreja e a ciência caminharão sempre juntas; nos casos de infestação, obsessão e possessão, só a partir de um diagnóstico científico se iniciarão os procedimentos espirituais;
Só o Bispo diocesano ou seu delegado tem a autorização para fazer exorcismos maiores; nenhum leigo nem sacerdote possuem tal autorização;
A mente humana é poderosíssima e pode construir situações e encarnar papéis.

Considerações psiquiátricas:

Alucinações sensoriais são bastante comuns, nas pessoas que vivem sob pressão;
Pessoas com passagem por ritos esotéricos, espíritas, etc, têm maior propensão a desenvolver patologias psíquicas ou fisiopsíquicas;
No passado, doenças ainda não diagnosticadas pela ciência de então, foram confundidas com casos de influência demoníaca (depressão, esquizofrenia, síndrome do pânico, transtorno bipolar, epilepsia, etc);
A OMS possui uma catalogação bem extensa de doenças psíquicas e que podem a vir a ser somáticas. Somente após um laudo apurado e sigiloso, é que se vai encaminhar o caso à Arquidiocese;
Em seu apêndice I, a OMS recolhe sob o termo “zar” toda e qualquer experiência de “espíritos que possuem uma pessoa”; os atacados por esta síndrome experimentam episódios dissociativos: gritos, risos estridentes, choro, pancadas na cabeça, cantos estranhos, recusa à alimentação e à limpeza...
A OMS também faz menção de “desordens não especificadas de outra maneira”, na qual a “demonopatia” estaria englobada. Assim, muitas são as possibilidades de caráter humano e pouquíssimas, as de caráter espiritual.

Considerações religiosas:

Somente após o diagnóstico e a medicação, passado longo tempo de tratamento e, persistindo os sintomas, é que se deve buscar a ajuda eclesiástica;
Existem na Igreja 2 tipos de exorcismo, o Menor e o Maior. O Menor consiste em orações de cura e libertação, enquanto que o Maior consiste em orações próprias prescritas no “Ritual de Exorcismo”;
As características mais comuns da possessão são: horror ao sagrado e revolta contra ele, fúria e blasfêmia contra qualquer imagem ou símbolo cristão, amnésia total e absoluta, mudança corporal (olhos, voz, músculos, etc), força descomunal;
Também são características de possessão diabólica o gosto pelo obceno e pelo imoral, o asco aos rituais sacros, aos sacramentais e aos servos de Deus.
Após as crises furiosas, a pessoa já não possessa, vive normalmente, sem nada que afete seu trabalho ou sua vida pessoal.
Terminada a crise, a pessoa volta ao seu normal, como se nada tivesse acontecido.

Causas da possessão:

Pacto com o Demônio;
Participar de sessões espíritas, cultos satânicos ou ritos esotéricos;
Oferecimento a Satanás, dos filhos pelos pais;
Malefícios (quem faz e quem é vítima);
Benefícios espirituais inigualáveis;
Desígnios escondidos de Deus.

O Ritual exorcista:

É um ritual litúrgico que possui ritos menores (ladainha dos santos, liturgia da Palavra, Pai-nosso...) e um núcleo, que é a esconjuração do diabo, o exorcismo propriamente dito;
As orações deprecativas são sempre a Deus e a esconjuração, sempre ao demônio;
Utilizam-se também, além do Ritual, o óleo dos catecúmenos, a água benta e o crucifixo.

O Ministério do Exorcizato:

Depois de comprovado um caso de possessão e conseguida a autorização, o ideal é que o exorcista tenha uma equipe que o ajude;
Composição da equipe: os consultores (encarregados do discernimento), os exorcistas e os assistentes (assistem com sua oração e ajuda durante o exorcismo).

A derrota do mal:

Deus decretou sua derrota (Gn 3,14s)
No princípio foi expulso do céu; durante a grande tribulação será lançado da esfera celeste à terra (Ap 12,7-9). Dessa maneira a Palavra de Deus nos assegura a derrota final do mal.

A luta contra o mal:

Prática sacramental: Missa e confissão;
Oração: orações gerais, Credo, renúncia a Satanás, Pai-nosso, Ave Maria;
Uso de sacramentais: água benta, objetos bentos, uso da Medalha Milagrosa, de São Bento, da cruz e de outras imagens bentas, sinal da cruz;
Evitar superstições e práticas de mandinga: uso de amuletos, como figas, trevos, tridentes, etc.

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