Caríssimos
Paroquianos e amigos do blog,
Chegamos no
tempo de meditarmos e contemplarmos o Mistério da Encarnação do Verbo. É Natal! Muitíssimos povos celebram o
nascimento de um Menino que mudou o mundo. E para nós, em particular, que
sentimentos temos? Que anseios portamos? Que esperanças trazemos? Creio que a
resposta de nossas indagações seja a de Pedro: “A quem iremos, ó Senhor?” (Jo
6,68). Esclareçamos:
Os “Evangelhos
da infância” nos propõem alguns personagens maravilhosos. Mateus nos apresenta
a Estrela e os Magos (Mt 2,1-12), enquanto que Lucas nos mostra os Anjos e os
Pastores (Lc 2,8-20). A proposta de ambos os evangelistas é declarar a plena
realização das promessas antigas, ficando ora neste ora naquele personagem,
como que a dizer: “vós todos que esperais, vede a resposta de Deus para suas
buscas!”
A Estrela de
Mateus parece dizer: “Vagueei pela escuridão das noites infindas, viajei de
leste a oeste, norte a sul; como cadente vim à Terra para ver se estava ali o
porquê de minha existência e foi, então, que encontrei a razão de meu cintilar,
a verdade de minha trajetória – indicar o Salvador! E diante de tantas verdades, de tantos caminhos, de
tantas falsas luzes, digo: a quem iremos, ó Senhor? Só tu!”
Os Magos,
grandes estudantes das estrelas, ao verem um comportamento tão incomum da parte
daquela Estrela ficaram curiosos e se puseram a segui-la. Tamanha surpresa
seguiu-se em seus corações pela revelação de um nascimento que iria coroar seus
trabalhos: “Tantos anos de estudos e tanto vazio, tantos cálculos feitos, quantas
lunetas usadas e nada de um achado importante, quanto trabalho dispensado,
quantas noites mal dormidas e nenhum brilho diferente até que, por meio de uma
estrela solitária e inquieta, descobrimos que alguém muito importante iria
nascer. Uma alegria inabalável invadiu nosso peito e soubemos ali que Deus
estava coroando nossos esforços com uma grande descoberta: O Senhor viria a
nós! Não tivemos outro desejo, não nos impulsionou a amar senão para uma
direção. A quem iremos, ó Senhor? Só tu!”
Lucas também
nos apresenta inquietações importantes da parte de seus personagens. Vejamos os
Anjos.
Os Anjos
viviam a saudar Nosso Senhor, a adorá-Lo e a bendizê-Lo. Um dia o Pai enviou,
com a força do Espírito, o seu Verbo ao mundo. Ele vivia como todo homem
(nascido de mulher), mas com um nascimento diferente para mostrar que era
diferente dos outros homens (sua Mãe era virgem e permaneceria virgem). Os
anjos se abalaram: “Como vamos adorá-Lo, como vamos bendizê-Lo?” E daí o Pai
disse: “Desçam à Terra, protejam o Deus que será Menino, anunciem a nossa
glória cá nos Céus e trabalhem pela Paz lá na Terra!” E assim se fez e os anjos, contentíssimos, fizeram o que
o Senhor os ordenou e disseram: “A quem iremos, ó Senhor? Só tu!”
Finalmente
encontramos os Pastores e o seu relato: “Guardávamos rebanhos dia e noite,
nossas famílias pobres precisavam de nosso humilde trabalho. Deus, em nossas
vidas, sempre foi uma figura forte, grande, poderosa, mas distante, distante
como uma estrela. Um dia, porém, em que a noite fria parecia denunciar o estado
de nossos corações, uma linda Estrela
pareceu se aproximar de nós, vimos homens ricamente vestidos, ao longe, em cima
de dromedários a seguirem a rota estrelar. De súbito, luzes nos envolveram,
nosso corações se apavoraram e nossos olhos novamente tomados pela ingenuidade
da infância; e vimos Anjos a nos falar do amor de Deus, vimos a misericórdia de
Deus sobre nós e vimos a presença do Senhor em nossas vidas, até aquele
momento. Sentimos a Paz que os Anjos
anunciaram e fomos ao encontro de Deus que nunca nos abandonou e que, naquele
momento, entrava em nossa História também como homem. E diante d’Ele dissemos:
A quem iremos, ó Senhor? Só tu!”
Queridos
irmãos, aprendamos com a Estrela e com os Magos, aprendamos com os Anjos com os
Pastores a sempre, em todo momento, em toda circunstância ir ao Senhor.
Um santo Natal
a todos e um ótimo início de ano. Deus os abençoe!
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