A meu ver, a intenção do
marxista Niemeyer era clara: a resignificação do sagrado... golpe do marxismo
soviético, com seus imensos prédios cheios de... vazio. Expressão de uma alma
sem fé: vazio, espaços vazios. Na verdade, a meu ver, era como que um grito de
uma alma que teve na infância marcas católicas, mas que, infelizmente perdeu-se
em uma ideologia falida. A arquitetura sagrada cristã tem alma, tem quem a
habite: é casa de Deus e casa do homem. É lugar de encontro: vê-se, toca-se,
sente-se o odor do eterno. Tem Presença, é habitada. Tudo aponta para a
eternidade, de certa forma, já presente.
A torre é como um dedo apontado para
cima, para lembrar o homem que há um Deus e um céu. A abóbada é representativa
do céu definitivo. O Átrio, representa as portas da eternidade, acolhedoras,
abertas. A nave mostra a necessidade do caminho, do estar no mundo, etc.
Niemeyer nunca poderia expressar isto em sua arquitetura, não porque não fosse
capaz. Mas porque não tinha o dom da fé. Portanto sua arquitetura, a meu ver é
cheia de ... vazio: bonita, elegante, até digna. Mas, infelizmente, vazia.
Dom Antônio Carlos Rossi
Keller
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