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sábado, 8 de dezembro de 2012

Imaculada Conceição da Virgem Maria



  A expressão Imaculada Conceição significa conceição (concepção) sem mácula, ou seja, Maria foi concebida sem mancha alguma de pecado no ventre de sua mãe. Há séculos já se tinha essa ideia da imaculada conceição de Maria a partir de alguns teólogos santos, tanto que a Festa da Imaculada Conceição já tinha sido adotada no calendário religioso desde 1476, pelo Papa Sixto IV, sendo celebrada todo dia 08 de dezembro. Mas, somente em 1854, cerca de 400 anos depois, que o Papa Pio IX, declarou oficialmente esta fé na Imaculada Conceição de Maria em forma de dogma na “Ineffabilis Deus”. Maria já era “dotada, desde o primeiro instante de sua conceição [concepção], de uma santidade singular [única]” (Concílio Vaticano II; Constituição Lumen gentium 56).

  “A anunciação a Maria inaugura a ‘plenitude dos tempos’ (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber Aquele que habitará ‘corporalmente a plenitude da Divindade’ (Col 2,9). A resposta divina à sua pergunta ‘como se fará isso, se não conheço homem algum?’ (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: ‘O Espírito Santo virá sobre ti’ (Lc1,35)”
  (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 484) ... fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua.” (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 485) Ou seja, Jesus herdou de Maria a humanidade, não a Divindade, pois, esta é Eterna desde sempre em Jesus.
Mas, percebemos então a grandiosidade da missão única confiada a Maria: Dar à Luz não apenas um profeta, sábio ou bom homem, como outros mais, mas sim, ao próprio Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Deus Filho, nosso Salvador (Mt 16, 13-14; Jo 20, 24.28).
  Maria foi a única pessoa de todos os tempos, que teve esta missão, ninguém mais teve nem terá a missão de trazer toda a Divindade em seu ventre! Isto é muito grande, muito mais do que podemos entender! Claro, Jesus só nasceria uma vez, mas, nessa única vez a escolhida foi Maria. “’Deus enviou Seu Filho’ (Gl 4,4), mas, para ‘formar-lhe um corpo’ (Hb 10,5) quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde a eternidade, Deus escolheu, para ser Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia, ‘uma virgem desposada [prometida] com um varão [homem] chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria” (Lc 1, 26-27; CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 488).
  Ora, é claro que Deus não escolheu Maria em cima da hora! Teria chegado o tempo do Messias vir ao mundo, e só então, o Pai buscaria na Terra uma Mãe para Ele? Não! Deus sabe tudo de nós, antes mesmo de sermos gerados no ventre de nossas mães, tem toda a nossa vida em Seu pleno conhecimento antes mesmo de um só desses nossos dias existirem (Sl 139, 1-18; Jr 1, 4-5). A Bíblia diz que Jesus era judeu segundo a carne, logo, a carne que Ele recebeu não foi unicamente vinda da Graça, mas sim, veio de sua Mãe terrena, Maria, da qual recebeu carne, ossos e sangue genuinamente israelita, para salvar os judeus (Rm 9,5)! No entanto, deixemos claro uma coisa: embora Jesus tenha recebido carne e sangue de Maria, e tenha dado Seu Corpo e Seu Sangue na Cruz, fomos remidos porque Ele é Deus, pela Eternidade! Logo, só Seu Corpo e Seu Sangue, pela graça do Espírito Divino, puderam redimir a humanidade. Mesmo que Maria fosse crucificada seu sangue não poderia salvar a humanidade, e nem a ela mesma, porque ela, embora não tivesse pecados, por Graça de Deus, ela mesma não era uma deusa. A Igreja Católica é muito clara, quando diz que nenhum ser humano, por mais santo que seja, poderia carregar sobre si nossos pecados, e nos salvar (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 616). “Quis o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de Seu Filho, para que assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher contribuísse para a vida.” (Lumen gentium 56; CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 488). Antes do Sim de Jesus se tornar fato real na carne, teve que acontecer o Sim de Maria (Lc 1,38)!

Fonte: Portal dos Servos de Maria

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